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5 momentos em que as crianças vão (e devem!) se sentir desapontadas

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Mãe também é gente

Publicado em 30/04/2016, às 12h32 por Redação Pais&Filhos


Nós não podemos proteger os nossos filhos de todas as reviravoltas da vida, e não deveríamos ficar tentando. Uma reportagem da revista norte-americana “Parents” mostra por que.

Como pais, nós queremos proteger os nossos filhos de todas as coisas ruins do mundo, mas isso dificilmente acontece. Com o passar o tempo, nossos pequenos começarão a ter seus ralados e arranhões – e até mesmo coração partido. Mesmo que esses desgastes emocionais possam parecer muito dolorosos para nós como testemunhas, eles são uma parte importante do crescimento.

“Por que não podemos simplesmente criar um ambiente seguro, um casulo, até nossos filhos estarem prontos para saírem de casa? Porque você precisa passar tanto por altos quanto baixos na vida para desenvolver um senso de si, para ter autoconfiança, para ter coisas em que você acredita que é bom e usar isso na sua vida. Não da para ter apenas sucesso”. É o que explica Sam Goldstein, um psicólogo especializado em crianças e co-autor do livro Raising Resilient Children (Criando Crianças Resilientes, em tradução livre).

Claro, não quer dizer que você não deve tentar proteger os seus filhos, especialmente quando eles são muito novos. Esse ambiente seguro que nós criamos é como um escudo para crianças mais novas, que ficam protegidas de experiências potencialmente perigosas. Mas entre as idades de 5 e 8 anos, a maioria das crianças estão prontas para lidar com novos desafios e devem ter a oportunidade de tentar atividades onde o sucesso não deve ser garantido necessariamente.

O temperamento de seu filho tem um papel em como ela vai reagir com decepções, mas existem maneiras para melhor prepará-lo na hora de enfrentar experiências desagradáveis. Leia agora cinco situações típicas onde as crianças estão mais propensas a passar por decepções, e modos de oferecer apoio.

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Nem tudo são flores

Às vezes o mundo não parece estar do mesmo lado que o seu filho. Talvez os ingressos tenham se esgotado quando você e sua família chegaram no cinema, a decoração linda de aniversário estragou com a chuva, ou o seu time favorito tenha perdido o a final do campeonato. Isso machuca – e muito.

Jen D., mãe de três, viu isso em primeira mão quando seu filho de 8 anos, Gabe, precisou de colo quando o seu time Seattle Seahaws perdeu nos segundos finais do Super Bowl.

“Seu time lutou tanto e ele realmente pensou que eles ganhariam”, disse ela. “Eu o ajudei a passar pela decepção quando o fiz lembrar que o que faz parte em amar um time é apoiar perdendo ou ganhando. E essa perda só fará eles voltarem mais fortes na próxima temporada.”

A estratégia de Jen soa como música nos ouvidos do Dr. Goldstein. Ele concorda com o jeito que ela ajudou seu filho a ter a perspectiva sobre a perda e ainda enxergar que é uma oportunidade para o time melhorar no próximo ano. “Eu sugiro que os pais indiquem  que sempre existe algo a se aprender com um erro, uma decepção ou uma falha”, ele acrescenta.

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Alguém importante o deixar pra baixo

Quando a melhor amiga da sua filha leva outra pessoa na viagem de família, ou então aquele tio super legal, mas não confiável, promete que ia levar seu filho ao zoológico mas não aparece, as crianças tendem a ficar chateadas. Por mais difícil que possa parecer, os deixe sentir a dor. “Não precisa ter pressa para tirá-los disso”, recomenda Dr. Goldstein.

“Quando uma criança está angustiada, nós logo dizemos ‘Você é uma criança legal e vai encontrar outros amigos’, mas seria melhor, ‘Eu vejo o quanto isso te machuca e que você está realmente mal por isso.’”

De fato, reconhecendo as emoções do seu filho, você ajuda a abrir uma conversa sobre a situação e as possíveis soluções. “Pergunte a eles: “O  que você quer fazer com aquele sentimento?’”, sugere Dr. Goldstein. Se seu filho exagerar dizendo que não vai convidar o seu melhor amigo para o próximo passeio, você pode responder com uma questão, como “É isso mesmo o que você quer fazer?”. Se ele amolecer depois, ajude a entender a situação perguntando o que ele gostaria de dizer quando convidar o amigo.

Ele não tentou o bastante – e deu pra perceber

As crianças sabem que deveriam sempre tentar o seu melhor. No entanto, às vezes, eles esperam ter bons resultados sem a dedicação necessária. Mesmo que sejam erros tolos porque eles fizeram o dever de casa com pressa, ou insistem que a sua técnica para escovar os dentes vai passar pela aprovação do dentista, pode ser que as crianças sejam desleixadas às vezes.

Qual o conselho do Dr. Goldstein? De à eles a chance de aprender os desafiosem primeira mão. “Na maioria do tempo, nós dizemos, “Aqui, deixe-me ajudar porque eu aprendi de um jeito melhor, então posso te salvar da dor da aprendizagem”, explica ele. “Eu acho que é bem intencionado, mas na nossa pesquisa, aprendemos que isso não funciona”. E também não devemos importunar seu filho para ser perfeito. De fato, as duas soluções lhe tiram a chance de aprender com seus erros e descobrir como lidar com desafios ou adversidades.

Ao invés disso, Dr. Goldstein diz para dar ao seu filho a liberdade para lidar com as próprias experiências. Permita que ele escove os dentes da sua maneira e não faça bem feito, mas depois sofra com as conseqüências do mundo real e do seu esforço (ou a falta dele).

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Ela tentou seu melhor e mesmo assim falhou

O seu pequeno está determinado a fazer parte do time de futebol? A sua filha fica cantando em frente ao espelho pronta para participar do “The Voice”? Não importa o quanto eles pratiquem, existe a chance deles não conseguirem o que querem.

Quando a filha Nina, de uma mãe de Ohio, Karmi, tinha 7 anos, ela voltou da escola despontada porque não havia sido escolhida como Estudante do Mês. “Ela chorava enquanto nos dizia todas as qualificações necessárias para receber o prêmio”, disse Karmi.

“Eu conversei com ela sobre o quanto as outras crianças também mostraram as suas qualidades. Eu a ajudei a ver que ao invés de se sentir triste, ela deveria ficar feliz pelos Estudantes do Mês, porque se ela tivesse sido a escolhida, ela gostaria que os outros ficassem felizes por seu sucesso.”

Ajudar a sua criança a ficar feliz pelo vencedor, ao invés de tristes por eles mesmos, pode ajudar a reverter a decepção para um sentimento positivo. Isso também ajuda a prepará-la para uma possível experiência negativa que poderá surgir. “Diga, ‘Qual seu plano B caso não entre no time? Vamos ver se nós temos outros planos, porque eu acho que se você fizesse algo desse tipo seria uma boa ideia’”, sugere Dr. Goldstein

Ele se desaponta consigo mesmo

Mesmo quando adultos, pode ser difícil não nos abalarmos quando cometemos um erro. Mas errar um passo durante uma apresentação ou perder a final de um pequeno campeonato pode ser a maior causa de destruir a autoconfiança do seu filho, e é por isso que o Dr. Goldstein recomenda liderar pelo exemplo.

Se você se cobra muito quando você acidentalmente queima o jantar ou perde o prazo em um trabalho, você irá insinuar que cometer erros não é ruim. Ao invés disso, mostre aos seus filhos que você sabe se perdoar, aprende com isso e segue em frente.

Também, enfatizar que cometer erros é normal, uma parte importante do aprendizado. “Crianças que sabem apreciar quem são, estão mais aptas a aprender com suas experiências e enxergar o erro como uma oportunidade de aprender e planejar algo diferente na próxima vez”, diz Dr. Goldstein.

O tema “Criança Rei X Birra” será abordado pela Melinda Blau, escritora norte-americana, no nosso Seminário Internacional “Mãe também é gente”, que ocorrerá dia 15 de maio no WTC (World Trade Center São Paulo), na zona sul de São Paulo. Inscreva-se aqui.

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Comportamento

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