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Publicado em 01/07/2011, às 08h40 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Redação Pais&Filhos


Endometriose lidera as causas de infertilidade entre mulheres acima dos 25 anos. A melhor forma de combatê-la ainda é o diagnóstico precoce; entenda a doença

Por Marianna Perri, filha de Rita e José

Chega o período menstrual e, com ele, as dores. Cólicas fortes que atrapalham o trabalho e a rotina. A lista de remédios que não fazem mais efeito aumenta a cada mês, e nem a bolsa de água quente alivia mais o que você está sentindo.

Na novela global Insensato Coração, a personagem da atriz Camila Pitanga é a jovem Carol. Bem sucedida na carreira e apaixonada por André (vivido por Lázaro Ramos), convive com a certeza de que suas chances de engravidar não são grandes.

As duas descrições acima têm um ponto em comum: ambas tratam da endometriose. Segundo artigo publicado pela Associação Brasileira de Endometriose (ABEND), a doença lidera as causas de infertilidade entre mulheres acima dos 25 anos.

O que causa a doença ainda não é claro. Os médicos não têm certeza dos motivos pelos quais algumas mulheres desenvolvem a endometriose e outras não. O Ministério da Saúde aponta algumas teorias para explicar o surgimento da doença, mas nenhuma delas é conclusiva.

Caracterizada como uma enfermidade que não apresenta sintomas específicos, o principal sinal de que algo está errado são as fortes cólicas menstruais, geralmente ignoradas por aquelas que a consideram “normal”.

A endometriose pode levar à infertilidade, mas as chances de cura são grandes quando o diagnóstico é precoce. O tratamento pode ser feito com remédios e até aquelas que apresentem casos mais graves da doença podem se curar.

Afinal, o que é?

O principal vilão da doença é o endométrio, camada que reveste a cavidade uterina e que descama todo mês durante a menstruação. As mulheres que têm endometriose apresentam um pouco do tecido fora do útero, que volta pelas tubas e cai na pelve.

Parece complicado, mas não é. Com o estímulo do estrogênio, o tecido “sangra” todo mês, agindo da mesma maneira dentro ou fora do útero.

Diagnóstico: quanto antes, melhor

Por não existir um exame de rotina que consiga diagnosticar a endometriose, as mulheres devem prestar atenção no principal sintoma da doença: a cólica menstrual.

Segundo o médico Eduardo Schor, responsável pelo setor de endometriose da Universidade Federal de São Paulo, as cólicas de quem sofre com a doença são características: aparecem todo mês e progridem com o tempo.

As dores, que antes apenas apareciam durante a menstruação, ficam mais constantes e mais fortes. Com o avanço da doença, os remédios antiespasmódicos ou antiinflamatórios não fazem mais efeito e a dor impede a mulher de realizar atividades comuns.

Quando descoberta cedo, a endometriose pode ser tratada com anticoncepcionais sem intervalo, sem maiores consequências para a paciente. Com o avanço da doença, o tratamento deve usar medicamentos mais fortes e, em alguns casos, chegar à mesa cirúrgica.

A laparoscopia é o procedimento mais comum quando o tratamento clínico não eliminou os sintomas ou quando há o endometrioma (cistos no ovário gerados pela doença).

Em casos mais avançados, o endométrio pode se instalar em outros órgãos, como o intestino e o trato urinário. Nestes casos, o único tratamento são as cirurgias mutiladoras, que podem retirar partes do intestino e bexiga.

É importante que as pacientes prestem atenção aos sintomas e valorizem a cólica menstrual: ela pode ser a ponte para um diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Não ignore os sinais do seu corpo e procure logo um especialista. As chances de ter um final feliz são ainda maiores com o diagnóstico em mãos.

Consultoria: Eduardo Schor, pai de Pedro e Carolina, Professor Afiliado e Chefe do Setor de Endometriose do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo.


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