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Sim e não

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Publicado em 15/01/2013, às 22h00 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Redação Pais&Filhos


Me avisa quando você vai ficar chata para eu ficar preparado?” Foi assim que o Vitor, meu filho de 9 anos, me surpreendeu uma vez, e me fez notar a semelhança que tenho com meu pai. Sou uma mãe muito presente, brinco, me jogo no chão, faço piquenique, ouço, e mais do que tudo, entendo – ou, pelo menos, tento entender.

Meu pai, ao contrário da minha mãe, me dizia muito sim. “Deixa a menina”, era o que mais se ouvia dele. E eu falo muito sim para o Vitor, deixo-o fazer o que quer, libero chocolate antes do jantar, não coloco hora para dormir; só que isso é porque sei os limites dele. Regras são boas, mas, antes de tudo, é preciso ter confiança. E eu confio plenamente no meu filho. Além disso, criança que já nasce cheia de “pode” e “não pode” não cria seus gostos, vontades e decisões.

Apesar da visão libertadora do meu pai, e do jeitinho divertido e boêmio – que me levava para rodas de samba e outros lugares de adulto -, ele conseguiu me deixar ser criança. Aliás, eu fui sempre muito criança, talvez porque, mesmo indo a ambientes tão pra frente, eu recebia cafuné na hora de dormir até os 14 anos. Eu era tão criança que só aos 13, quando minha irmã Carla – filha de outro pai – nasceu, foi que eu parei de brincar de boneca. E mesmo assim, ela se tornou minha boneca. Uma bonequinha que me deu a primeira emoção, a primeira lágrima que não era de tristeza. No dia da apresentação da escola, assim que ela cantou, comecei a chorar emocionada, do mesmo jeito que eu choro hoje nas apresentações do meu filho – mesmo quando a música é alegre.

Ainda que brava e nada liberal, minha mãe também me ensinou muito. Muito mesmo. Caráter impecável e nenhuma vergonha de ser batalhadora. Minha querida Carmem me deu uma das maiores lições que sempre sigo: faça tudo muito bem feito para que consiga deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquila, sem arrependimentos do que fez.

Muito me inspira a trajetória dela, que veio de uma família humilde mas fez a própria vida, sem medo de quebrar a cara.

E hoje eu sou assim: tenho fé, determinação, e nenhuma vergonha de correr atrás do que quero – minha única ressalva é respeitar o meu tempo. Foi desse jeito que consegui o papel em Lado a Lado (novela da Globo): peguei meu book e fui ver se rolava fazer algum teste.
Na carreira, desde o começo minha mãe me apoiou – mesmo sendo meu pai quem dizia que eu levava jeito. Ela pagava meus cursos, me levava para a escola de teatro e torcia por mim nos testes de comerciais, que não foram poucos.

Com uns 24 anos, não podia me dar ao luxo de viver só de arte, por mais que eu quisesse. E mais uma vez minha mãe falou para eu ir atrás do meu sonho. E eu fui.

A primeira memória que tenho da minha infância diz muito sobre o que minha mãe faz e sempre fez de melhor: me proteger. Lembro dela me dando banho, passando talco, secando meu cabelo com o secador, até em dias de calor, para eu não ficar doente, e depois passando a escova no meu cabelo comprido…
Por fim, a certeza que tenho é que, depois de muito sim e muito não, descobri que o importante para que uma relação totalmente família dê certo, além de muito amor, é a verdade. Todo mundo tem seus defeitos e qualidades, mas o que vale é ser quem você é. Eu, por exemplo, juntando o bom e o não tão bom dos meus pais, aprendi a ser quem eu sou: Priscila, atriz, batalhadora, e mãe do Vitor – um menino divertido e de caráter impecável.


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