Publicado em 29/04/2013, às 23h41 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Redação Pais&Filhos
Sempre desejei amamentar meus filhos, achava que amamentar era como nas novelas: a mãe sentada numa poltrona, segurando um bebê que mamava tranquilamente. Mas assim que o Kassem nasceu, deparei com uma realidade dura e triste.Imaginei que ele soubesse mamar, assim como num instinto que o ajudaria a fazer o serviço sozinho, algo como: “Aqui está o peito, mama que te seguro e ainda balanço a cadeira”. E não foi nada disso, meu peito ficou machucado e a cada mamada eu via estrelas, só de pensar em colocá-lo pra mamar, já me fazia sofrer por antecipação.
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Ficava horas e mais horas com ele no peito e nada, não dormia e não parava de chorar. Exausta, triste, desesperada, chorei na segunda noite em casa e pedi para o meu marido nos levar de volta para a maternidade. Chegando lá, a grande descoberta: meu filho não estava mamando! Ele chorou de fome por dois dias! Tive a pior sensação da minha vida.Ficamos lá mais dois dias por conta da icterícia agravada pelo fato dele não ter mamado o suficiente. Enquanto isso, as enfermeiras me auxiliavam e ensinavam como amamentar. Voltamos pra casa e tudo parecia perfeito, até a hora da pesagem na pediatra: não engordou nada, ou seja, não estava mamando o suficiente.
Meu mundo começava a desabar, não iria introduzir leite artificial. Ele iria mamar o meu leite! Resisti e, com muita luta, a pediatra deixou que eu tentasse mais um pouco, porém, eu precisaria ir ao consultório de dois em dois dia para pesar o Kassem. Ansiedade, frustração, dor, insegurança, todos os sentimentos numa bola só. Fomos apresentados a primeira lata de leite artificial e compramos uma mamadeira. Claro que ele amou, mas eu jurava que seria somente um complemento, insistia na amamentação e a minha vontade era de jogar a lata de leite artificial pela janela.
Enquanto isso, o Kassem se apaixonava cada vez mais por aquela facilidade. Resultado: aos três meses, vi que meu filho deixou de mamar o meu leite e estava mamando praticamente tudo na mamadeira. Fiz de tudo, tomei todos os remédios que me indicavam, chás, água e nada. Até que um dia, resolvi ligar para uma consultora de amamentação, Marcia Koiffman, e ela por telefone me orientou a fazer uma relactação. Apostei todas as minhas fichas nesse último recurso. Eu disse a ela que ele não iria mamar mais na mamadeira e ela me orientou com toda calma e carinho. Minha produção estava cada vez menor, então, eu precisava estimular o aumento da produção.Aluguei uma bomba extratora de leite e após cada mamada dele, eu ordenhava o leite por meia hora.
Durante a mamada eu usava um relactador com o leite artificial mesmo. Junto com o peito usava uma sondinha que era ligada na boca do bebê e a outra ponta num potinho relactador. Num primeiro momento o leite que iria na sonda seria artificial, mas, a ideia era que o leite das próximas relactações fosse o meu, aquele que eu conseguiria tirar após as extrações. Precisei de mais de um mês para conseguir aumentar a minha produção que estava baixíssima, mas, consegui.O próximo problema era o de como se livrar do relactador, já que ele era a minha muleta nesse processo.
Um dia resolvi ir a uma reunião do GAMA (Grupo de Apoio a Amamentação Ativa), contei minha experiência e, no final, a coordenadora me fez ver que o Kassem já mamava e não precisávamos mais da relactação: ela tinha sido, sim, um sucesso! Kassem mamou até os 2 anos. A lição disso tudo é esse tipo de problema precisa ser resolvidos imediatamente com profissionais que são a favor da amamentação. Com a Sueli, minha segunda filha, de cinco meses, não tive problema algum, dentro de poucos dias completaremos seis meses de amamentação exclusiva com muito sucesso, graças a Deus, ao apoio do maridão (Rada Saleh), a pediatra (Sandra Souza) que me apoiou e a minha amiga consultora de amamentação (Kely de Carvalho).
Para saber mais:http://www.umamaedasarabias.com
Kelly de Carvalho Torres, fonoaudiologa especialista em amamentação, mãe do Antônio e do Miguel, [email protected], telefone: 11 985566595
Márcia Koiffmann, obstetriz, mãe da Débora, [email protected], telefone: 11 9 91068240Sandra
Regina de Souza, Pediatra, mãe da Julia , do João Pedro e do Arthur, [email protected], telefone: 11 996588342
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