Publicado em 31/07/2013, às 15h06 - Atualizado em 26/01/2021, às 13h11 por Redação Pais&Filhos
Orgasmo na gestação é um assunto que ainda gera muitas questões. Por isso, relacionamos as dúvidas mais comuns ao casal heterossexual, tendo em mente que a chegada ao ápice envolve muito, mas muito mais que penetração.
Na gravidez sem complicações ou de risco, não há motivos para preocupações, pois o orgasmo antes do termo (final do ciclo de gestação) não precipita o parto. Já o orgasmo no termo pode, ocasionalmente, apressar o parto. Na verdade, o sexo no termo tem várias vantagens comprovadas e ajuda bastante a preparar a mãe para o parto, pois ativa contrações bem mais controláveis do que as provocadas por indutores de parto comuns. O orgasmo libera ocitocina, que faz com que o útero sofra contrações. O sêmen contém prostaglandina que pode relaxar naturalmente o colo do útero, colaborando para um parto mais fácil. Sugar os mamilos e estimular os genitais pode ativar lentas contrações.
O orgasmo, naturalmente, poderá causar algumas câimbras, que durante uma gravidez normal – sem riscos – não são problema; mas comunique sempre esse tipo de sintomas ao seu médico, ou mesmo outros que considerar menos usuais, é sempre melhor prevenir, ele verá o seu caso e a aconselhará de acordo.
Não. Você pode observar que o bebê fica mais ativo ou calmo durante o ato sexual. As reações do bebê nada têm a ver com você fazer sexo. São respostas unicamente às atividades hormonais e uterinas. O certo é que tais atividades fazem você se sentir feliz, amada e relaxada, sensações que passam para o bebê. A endorfina que cai na sua corrente sanguínea também o beneficia. E se ele se mexe mais rápido é porque seu coração está batendo rápido.
O bebé não sofre com o ato sexual, isso é bobagem. Ele está muito bem protegido pela forte musculatura uterina e pelo saco gestacional e o liquido amniótico. Essa bolsa d’água equivale a um amortecedor. E na entrada do útero existe o tampão mucoso, membrana que mantém o órgão fechado, livre de contaminações. Alguns homens se sentem desestimulados para o sexo pela proximidade com o bebê, que parece “testemunhar” todo o ato. Fiquem certos que o bebê não terá a menor lembrança de suas relações sexuais enquanto estava no útero.
Algumas grávidas dizem se sentir em permanente estado de excitação, especialmente no segundo trimestre, e muitas têm orgasmos mais intensos do que antes de engravidar, com os tecidos vaginais permanecendo inchados muito tempo depois do orgasmo. Se isso acontecer com você talvez a relação sexual não a satisfaça totalmente – o que pode ser aliviado pela masturbação. Caso vá utilizar brinquedos sexuais, o que também não é contraindicado, certifique-se de que esteja tudo higienizado, para evitar contaminações.
Na gravidez, também é possível que um dos parceiros sinta-se rejeitado pelo outro – não por haver menos amor entre eles, mas porque as formas de demonstrá-lo estão conturbadas. Se você não se sentir estimulada para fazer sexo, é importante conversar sobre o assunto e deixar bem claro o que mudou para você, mas igualmente expressar todos os bons sentimentos que não mudaram. Pode ser que ambos apenas precisem reafirmar o amor e o compromisso mútuos.
Consultoria: A Bíbllia da Gravidez, Ed. CMS, de Wladimir Taborda e Alice D’Agostini Deutsch; Pais Grávidos, Ed. Cultrix, Jack Heinowitz.
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