Crianças manipuladas pelos pais se tornam adultos explosivos, diz pesquisa

Se você é um daqueles pais que querem se enxergar nos próprios filhos ou que sonham com filhos perfeitos, criando altas expectativas para eles, essa matéria é para você. Um novo estudo publicado ela revista norte-americana “Parents” descobriu que pais que manipulam a criança para ser do jeito que eles desejam terão como resultado filhos precipitados e explosivos.

Pesquisadores da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, avaliaram os níveis de suor – sim, suor! – de 180 estudantes universitários enquanto recontavam um evento doloroso da vida deles, como o fim de um relacionamento ou a perda de alguém muito próximo. Quanto mais suor for produzido, mais triste o assunto tende a ser. Esse estado é chamado de “alta excitação”.

Eles descobriram que as pessoas com altos níveis de excitação tendem a ser mais nervosas e precipitadas e, portanto, mais propensas a estourar com outras ao seu redor. Por outro lado, os estudantes que suaram menos exibiram a chamada “excitação atenuada”, e descobriram que é mais fácil se manter calmo com esse perfil.

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E o que isso tudo tem a ver com os pais? E com universitários? Até mesmo quando as crianças saem de casa, alguns pais continuam exercendo controle sobre a vida delas. “Você não tem que estar presente para manipular os pensamentos e ações dos seus filhos,” declarou a pesquisadora Jamie Abaied.

Para conseguir os níveis exatos de controle dos pais na vida do estudantes, Abaied fez um questionário. “Basicamente, estamos buscando sinais de estresse no corpo deles “, ela disse. “Se você estiver calmo, consegue pensar em estratégicas e planejar uma resposta para a situação.”

Abaied descobriu que as crianças que cresceram com pais menos controladores e mais permissivos têm um comportamento de “excitação atenuada”. “Nós precisamos estar conscientes de como os pais influenciam na vida dos filhos,” ela falou. “Mostra que bons pais protegem os seus filhos. Bons pais procuram criar filhos que não sejam agressivos em seus relacionamentos”, explica a pesquisadora.