Publicado em 09/09/2016, às 07h58 - Atualizado às 07h59 por Redação Pais&Filhos
Há mais de dois meses, uma mãe brasileira vem vivendo um dos piores pesadelos que se pode imaginar. No dia 27 de junho, Cheyenne Menegassi mandou o seu filho, Guga, para o estado do Tennessee, nos EUA, para passar um mês de férias com o pai, Samuel Gaskin. O intuito da viagem era aproximar os dois, que não tinham grande contato.
O que ela não poderia imaginar é que o menino, com 13 anos, seria impossibilitado de entrar em contato com a mãe. Somente após 21 dias do embarque de Guga, o pai permitiu que eles se falassem via Facetime. Mas a chamada não foi muito como era de se esperar, o menino estava calado, com o lábio machucado e quase não respondia às perguntas da mãe. O pai, por sua vez, se mostrou agressivo e exigia que ele traduzisse tudo o que estava sendo dito. “Perguntei se ele estava com medo, e ele acenou afirmativamente com a cabeça”, escreveu Cheyenne.
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No dia 29 de julho, data em que a mãe havia comprado a passagem de volta, o menino não regressou ao Brasil. Cheyenne deu entrada no pedido de guarda provisória de Guga e denunciou o sequestro internacional. Quatro dias depois da data marcada para a volta do filho, Cheyenne chegou aos EUA e foi até a casa de Samuel acompanhada pela polícia local.
Chegando lá, ela descobriu que o pai havia feito o pedido de uma guarda temporária emergencial. “Meu filho teria testemunhado contra mim, em uma Corte daquela localidade, dizendo que eu era uma mãe cruel, malvada e violenta, acusação esta que jamais teve qualquer fundamento!”, afirma a mãe.
Apenas ontem, a justiça do estado do Tennessee determinou que Guga deveria voltar ao Brasil, em uma audiência que demorou mais de 10 horas. Essa decisão foi influenciada em grande parte pelo depoimento do menino, que conversou com o juiz separado dos pais.
A questão da guarda será discutida no país de origem do menino, Brasil, conforme prevê a Convenção de Haia, da qual os EUA e o Brasil são signatários. A campanha #VoltaproBrasilGuga ganhou força nas redes sociais após Cheyenne compartilhar seu caso em sua página no Facebook e receber o apoio de milhares de internautas.
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