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“Hierarquia é a base da ordem”

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Publicado em 06/09/2013, às 19h56 - Atualizado em 19/06/2015, às 08h25 por Redação Pais&Filhos


Você fuma e bebe, não gosta de brócolis, grita demais. E é mãe. E tem culpa de não ser o modelo que gostaria para o filho. É, ser exemplo pesa. Nós sabemos (todo mundo sabe!) que tem coisa que não é nada exemplar: “Detesto verdura, mas quero que meu filho coma bem”. “Sou viciada em chocolate. Chego a comer escondida”. “Grito demais, para tudo: para dar bronca, para comemorar, para contar um caso interessante”. “Sou muito tímida, não quero que meu filho também seja assim”, nos contaram as mães que participaram do 16º brunch do Culpa, Não, aqui na redação da revista. Todo mundo tem alguma coisa que incomoda – e não quer que o filho “herde”. A psicóloga Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco, colunista da Pais & Filhos, lembrou que hábitos são difíceis de mudar. E nem sempre é preciso. Nas palavras da nossa diretora editorial, Mônica Figueiredo, que mediou o debate: “Seu filho precisa saber a mãe que tem”.

Quero que meu filho coma o que eu não como

A maioria das mães participantes do brunch contou que se sente culpada pelo fato de não comer bem e de desejar uma alimentação melhor para o filho. É o caso de Elaina, mãe de Davi, Daniel e Sara, técnica em nutrição e  chocólatra assumida. “Como uma caixa de chocolate sozinha e, sinceramente, não quero que eles me sigam. É um vício”, contou.

Situação parecida com o de Cristina Diniz de Oliveira Tângari, mãe de Nina e Maitê, que não come verduras e legumes. A filha Nina, de 4 anos, antes comia de tudo, mas agora se vê no direito de não aceitar mais os verdes em seu prato, já que o da mãe é um deserto em matéria de verduras. Segundo Betty, é normal que as crianças nessa idade comecem a escolher o que querem comer e repararem na alimentação dos pais. Como sempre, o melhor é falar a verdade, admitir que está errado. “Diga a seu filho que já comeu quando criança e agora, como adulta, pode dizer ‘não’ a certos alimentos”.

A orientação do que é certo e errado, do que é saudável ou não deve começar cedo. E a psicóloga reforçou: é necessário que a criança entenda a hierarquia em casa. Deve saber que os pais podem comer e beber coisas diferentes, que os irmãos maiores vão experimentar alimentos que ele não pode ainda. “Hierarquia é o princípio da ordem”, afirmou Betty.

Não fala isso, menino!

Sabe aquele dia que você chega cansada do trabalho, recebe uma ligação chata e solta aquele palavrão? O caminho pode ser levar na brincadeira: invente uma música com a palavra cabeluda, silabando, gritando, falando baixinho…  E, depois, explique que fora de casa essa palavra não pega bem. Segundo a psicóloga, quando a criança repete o palavrão com os pais, perde o encantamento pela ‘descoberta suja’ e não tem vontade de repetir. Outra dica valiosa de Betty para os pais de “boca suja”: invente palavras que sirvam para ser usadas quando os membros da família estiverem com raiva, evitando os palavrões. Uma das mães contou que a filha a chamou de “fruta” quando não gostou de alguma bronca que a mãe deu. Vale.

“Violência é quando gritamos com outra pessoa”

Fernando, filho de filho de Kelly Cristina Silva Hoffmann, certa vez respondeu para a mãe que “violência é gritar com outras pessoas”. Depois da frase, a mãe chorou muito. Isso porque ela grita. Muito.. Quando está brava, feliz, entusiasmada, triste… E não acha que isso seja um bom exemplo para os filhos. E não é mesmo. Mães que gritam ensinam que é assim que se relaciona. Mais uma vez assumir o erro é preciso. Para os pais que gritam quando perdem a paciência, Betty indica que percebam os momentos em que o estresse “sobe à cabeça” e evitem que isso aconteça chamando a atenção antes de perder a paciência. “Se mandar a criança tomar banho sempre gera impaciência, crie mecanismos diferentes para levar o filho para o banheiro. Crie brincadeiras, torne em um momento agradável”, aconselha a psicóloga. Colocar o relógio para tocar pode ser a senha pra correr pro banheiro, por exemplo.

E, para todas as “culpas”, nossa convidada e especialista aconselha calma e paciência. E, mais importante, não crie rótulos: não diga e repita que seu filho “não come nada”, “é tímido”, “desobediente”. Ele pode acreditar nisso e usar isso como arma e armadura. Como você, ele não é perfeito. E você o ama mesmo assim. E vice-versa.


Palavras-chave
Culpa Não

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