Publicado em 15/07/2013, às 14h08 - Atualizado em 31/05/2022, às 08h16 por Redação Pais&Filhos
A primeira vez que o pai joga o bebê para o alto, a mãe leva um susto e o filho, claro, adoooooora. Cavalinho, mergulho no ar, etc., brincadeira de pai é assim mesmo, mais física, mais “bruta”, coisa de homem. Não que a mãe não brinque, mas a mulher tende mais a misturar as ações, por exemplo, fazer cócegas trocando a fralda ou aviãozinho, sim, mas com a colher de sopa.
Pesquisas mostram que os pais tendem a incentivar atividades de exploração, tipo brincar no jardim subindo em árvores. A maioria das mães fica lá embaixo, pedindo para o filho tomar cuidado para não cair, é ou não é? Normal, um leva para o mundo, outro protege, e é ótimo que seja assim. Quem tem colo de mãe para voltar, sobe na árvore mais fácil…
Segundo os especialistas, os homens estimulam mais as crianças a resolverem as coisas por si mesmas. Em vez de dizer “deixa que eu faço pra você”, o pai costuma permitir que a criança descubra seu jeito de montar o quebra-cabeças ou fazer a torre de blocos, o que for. Como a gente sabe, as brincadeiras preferidas dos homens costumam ser os jogos esportivos, o videogame, as lutas de mocinho e bandido. Algo que envolva competição. E, de novo, o pai vai ter menos tendência a passar a mão na cabeça e deixar o filho ganhar sempre, só para não ficar chateado. Melhor assim: quando o filho ganhar no futebol, vai saber que foi por seus próprios méritos, não porque o adulto facilitou. E aí, a vitória tem gosto de conquista de verdade.
Essa escolha pelas atividades competitivas, especialmente na fase dos 3 anos, quando as crianças passam pelo Complexo de Édipo, é muito benéfica. Para o menino, o Complexo de Édipo é aquele triângulo amoroso no qual o filho ama a mãe e sonha em se livrar do pai, só para poder viver sua grande paixão. Mais tarde, ele vai descobrir que é impossível, visto que o pai é casado com a mãe. Ao apostar corrida com o seu “adversário”, o menino vai botar pra fora um pouco desse sentimento. “Se o filho não praticar a competição de forma lúdica, vai extravasar isso de outra forma”, explica Marina Almeida, mãe de Giovanna, psicóloga clínica.
A brincadeira de luta ou de “mocinho e bandido” também é fundamental, pois ajuda a formular no imaginário infantil a agressividade e a oposição do bem contra o mal. O grande desafio do pai na hora de se esconder atrás do sofá para uma guerra de travesseiros é incluir na jogada um pouco de cooperação. Afinal, de competitivo já basta o mundo.
Da mesma maneira que o pai tende a ser diferente da mãe, os filhos homens costumam ser tratados de maneira diferente das filhas. “Brincadeira de pai com menina é cavalinho. A maioria não leva o menor jeito pra segurar boneca”, afirma Marina. A psicóloga explica que o pai tem a tendência de desenvolver com as filhas essas brincadeiras de mais contato. Não tem nada de perversão, é carinho mesmo, aquela proteção que o pai vai demonstrar por sua princesinha.
Aqui vem à cena o outro lado do Complexo de Édipo: o sentimento que a menina vai desenvolver pelo homem da casa. É nessa relação que as mulheres aprendem o que é o afeto: no toque e nos abraços do pai. É por causa desse aspecto quase sensual da brincadeira que as meninas vão associar mais sexo a sentimento quando forem maiores. Independentemente do tipo de brincadeira, o mais importante é brincar com seu filho ou filha sempre. Além de ajudar no desenvolvimento dos filhos, o pai também vai desestressar ao se envolver com o universo infantil. Existem estudos mostrando que pai que convive com os filhos vive mais e sofre menos acidentes, porque tende a se cuidar mais. Morrer, só do tiro do bandido, de brincadeirinha.
Consultoria: Marina Almeida, psicóloga clínica, Tel.: (13) 3469-5176
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