Publicado em 05/09/2012, às 21h00 por Redação Pais&Filhos
06/09/2012
Por Sally Kuzemchak
Menos de dez minutos depois de termos dado a largada num passeio com os bebês, minha amiga me fez a temida pergunta, enquanto manobrava o carrinho: "Então, você está amamentando?" Eu sabia que ela ia perguntar. Todos (incluindo a caixa do supermercado) já haviam me perguntado, mas eu não tinha encontrado uma resposta. Então, comecei a divagar sobre os médicos, os chazinhos que tomei e as horas que passei tentando usar a bomba de leite, tudo para obter algumas gotas do precioso líquido. Desesperadamente, eu queria mostrar a ela que havia tentado. E muito.
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Eu não quero ser a mãe que jogou a toalha. Sou nutricionista. Como poderia desistir? Fui treinada para ensinar as mulheres sobre cada benefício do leite materno. É praticamente meu dever dar um bom exemplo. E, às vezes, brinco, dizendo que meu diploma será cassado se eu não conseguir amamentar. Mas dar o peito a meu recém-nascido, Henry, não foi tão tranquilo quanto eu imaginava. Foi um jogo difícil. Meu marido tentava controlar as perninhas de Henry, enquanto eu tentava colocar a boca dele no meu peito. Quando ele pegava, acabava sugando por alguns minutos e, então, se afastava, chorando.
Tentei o que pude até que EU também comecei a chorar. Bombear também não ajudou muito: meu leite saiu em minúsculas gotas.Eu só conseguia pensar em como não estava ajudando meu filho. Se eu não podia fazer isso por ele – algo que as mulheres têm feito desde o início dos tempos –, ele estaria condenado. Henry não se apegaria a mim, eu seria apenas uma qualquer segurando a mamadeira. Ele se tornaria um obeso no futuro, seria um fracasso na escola e acabaria vivendo na nossa casa até os 40 anos.
Mas quanto tempo eu posso manter minha luta para amamentar? Foi quando uma especialista em amamentação resolveu todos os meus problemas, mas não da maneira que eu esperava. No final de mais uma dolorosa sessão, ela disse: "Você sabe que ainda pode ser uma boa mãe se não amamentar". Ela não estava dizendo que eu deveria desistir, mas foi o que eu precisava ouvir. Despejei as gotas de chá na pia, guardei a bomba de leite e vendi a almofada de amamentação no E-bay. Eu precisava começar a curtir meu bebê. E tinha de parar de medir meu valor, como uma mulher, em gotas de leite materno.
Agora, quando a pergunta aparece, não fico tentando explicar por que não amamentei. Eu simplesmente digo: "Não deu certo pra mim”. Não me sinto culpada. E não sou uma mãe melhor por ter tentado amamentar. Eu sou uma boa mãe porque fiz o que foi melhor para meu filho e o que era certo para mim.
Será que sou capaz de me conectar com o meu bebê se eu não puder amamentar?
Sim. Você provavelmente já ouviu falar de muitos estudos que confirmaram que o aleitamento materno contribui para mães se ligarem a seus recém-nascidos, mas os benefícios podem não ser provenientes apenas do leite materno. "É mais provável que a conexão ocorra devido ao estreito contato físico que a amamentação proporciona", afirma Laura Wilwerding, coordenadora da Academia Americana de Pediatria, em Nebraska. Segurar e massagear seu bebê, carregá-lo no colo e olhar em seus olhos enquanto dá a mamadeira são ações que também podem ajudar a construir um vínculo duradouro. Só não pode haver culpa, porque esta, sim, azeda qualquer relação.
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