Família

Guia da mãe solteira: Saiba como conciliar vida amorosa e filhos

Imagem Guia da mãe solteira: Saiba como conciliar vida amorosa e filhos

Publicado em 04/11/2012, às 22h00 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Redação Pais&Filhos


Mesmo que você não viva com o pai da criança, a vida amorosa continua. Para conciliar namoro e filhos, Christina Frank conta alguns segredinhos básicos.

Muitos meses depois que eu e meu marido nos separamos, percebi que eu estava livre para voltar a namorar. Isso foi emocionante e, ao mesmo tempo, apavorante. A última vez em que estive solteira, tinha muito tempo livre, não estava cuidando de ninguém. Agora, eu tenho 16 anos de vida de casada e 11 de vida de mãe, sem falar numa atitude pouco sonhadora em relação aos romances.
Tentar ser uma mãe solteira boa e responsável foi um desafio para a minha agenda e para a minha cabeça, mas aprendi que é possível ter uma vida amorosa sem enlouquecer as crianças (ou você mesma).

Pronta de novo

Conheço algumas pessoas que esperaram anos para mergulhar de cabeça em um novo amor e outras que fizeram isso imediatamente. Não existe certo nem errado, mesmo que todo mundo pareça ter mil opiniões sobre a sua vida.
Se você e seu ex-marido dividem a guarda do filho, haverá um tempinho livre de vez em quando. Achei deliciosas – e também horríveis – as primeiras semanas sem as crianças.
Roberta Lopes, mãe de quatro filhos, demorou para entender o que estava acontecendo em sua vida. “Fui para a terapia e saí muito com amigos e com a família. Eu pensava que se entrasse de vez em outro relacionamento, poderia ser uma coisa pouco saudável, de novo. Isso não seria bom nem para mim nem para as crianças”.
Ela começou a namorar outra pessoa cinco meses depois da separação. No meu caso, foram quatro. Como eu soube que era a hora? Por um motivo: não suportava a ideia de passar os fins de semana livres montando quebra-cabeça e assistindo a seriados na televisão.
Para a jornalista Flavia Werlang, mãe de Luna e autora do blog Grávida, Estado Civil Mãe (Solteira), o namoro só deve acontecer quando a mulher tiver passado o luto do antigo relacionamento. “Quando tiver assumido a própria condição de mãe solteira sem vitimização”, diz. Ou seja, você deve estar bem-resolvida.

Por onde começar?

Não apareceu uma fila de homens solteiros na minha porta quando me separei. Nem vai aparecer na sua. Muitas pessoas me davam conselhos óbvios ou bizarros, como pedir para os amigos apresentarem alguém ou ficar andando em lojas de construção, à procura de homens. Fala sério! Sei que muitas mulheres começam novos relacionamentos desse jeito, mas eu não sou uma delas.
Se você é uma mãe ocupada, muitas vezes é difícil sair de casa. Então, dedique algumas horas, durante o sono das crianças, para você mesma e para o computador. Entre um pouco no Facebook (quem sabe o amigo do amigo da sua amiga não é atraente?) ou aproveite para entrar em sites de relacionamento, onde você pode encontrar pessoas legais. Seus amigos podem te ajudar a escrever o perfil.
Definindo o alvo
Ter filhos é uma experiência que muda o ritmo de vida de qualquer um. Pode ser complicado se relacionar com homens que não tenham filhos e, portanto, não te entendam e acabem te pressionando de alguma forma. Nos três anos em que estive solteira, namorei com um ou dois homens que não eram pais, e os relacionamentos mais duradouros foram com os que tinham filhos. Parece que os não-pais falam uma língua diferente da nossa. Quando eles entenderiam frases como “eu não posso deixar o meu bebê com a babá hoje, porque ele está resfriado”?
Por outro lado, namorar um cara que tenha filhos pode ser um pesadelo quando ambos têm de lidar com ex-maridos ou ex-esposas. Julia Landry, autora do blog Unexpectedly Expecting (Inesperadamente Esperando), diz que prefere namorar homens com filhos. “Eles não vão me julgar pelo fato de eu ser solteira e vão entender que o filho sempre estará em primeiro lugar”. Mas essa regra não é fixa e direta para todos. “Os homens sem filhos tendem a se organizar melhor com a agenda maluca das mães solteiras”, diz. No fundo, não há nenhuma alquimia para explicar o que funciona para uma ou outra pessoa.

Apresentando para as crianças

Sempre tive muito medo desse momento. Estava namorando uma pessoa há alguns meses, quando as minhas filhas, na época com 8 e 12 anos, descobriram que ele existia. Pelo fato de tudo ter corrido bem quando o pai apresentou a namorada para elas, pensei que não seria uma situação difícil para mim. Mas elas são meninas e eu sou a mãe delas. Isso muda tudo! A mais velha se recusou a conhecê-lo pessoalmente. Depois de oito meses nessa situação, eu o convidei para um jantar com alguns amigos e familiares. Ele e a minha filha interagiram naturalmente, sem parecer uma entrevista de emprego.
Existem muitas variáveis na hora desse encontro, como a idade, o sexo e a personalidade das crianças. As menorzinhas não registram que aquele é o novo namorado da mamãe. Já as mais velhas podem se sentir ameaçadas ou mesmo indiferentes. Uma amiga me contou que uma vez a filha, de 10 anos, disse que iria falar “eu te odeio, você não é meu pai” quando encontrasse com o namorado da mãe. O que realmente aconteceu foi que eles jogaram bola juntos e ficaram muito próximos. Tudo dependerá do empenho do namorado também.

Conte para os filhos sobre o seu novo namorado somente depois de alguns meses, e se o relacionamento estiver indo bem. Mostre uma foto dele ou deixe que as crianças atendam o telefone quando ele ligar, para que o namoro seja desmitificado aos poucos. Planeje um primeiro encontro entre eles sem muita expectativa.

Dormir junto

Não importa se a sua filha tem 3 ou 13 anos, ela não vai querer te ver beijando alguém que não seja o pai dela. Você precisa administrar uma vida dupla, até que a relação fique mais séria. Deixe que ele durma na sua casa apenas quando as crianças estiverem com o pai ou na casa da avó.
Quando vocês estiverem vivendo um namoro sólido, a questão vai se resolver conforme os seus valores, a idade dos filhos e o tempo que vocês estiverem juntos. Muitas mulheres estão determinadas a separar completamente a vida amorosa da familiar. Já outras, deixam os namorados dormirem na casa delas com frequência.

E se não der certo?

Se você namora, pode acontecer de o relacionamento acabar, faz parte. Quando as crianças ficam muito próximas do namorado, é uma tristeza para elas também. Mas o seu término não precisa significar o fim do relacionamento deles.
Quando eu terminei um namoro de um ano e meio, tinha medo de contar para as meninas. Estava até meio sem graça pelo fato de mais um relacionamento não ter dado certo e fiquei me perguntando que tipo de modelo eu seria para elas.
O jeito como você lida com o término também faz toda a diferença: nada de entrar em depressão ou perder o rumo por causa disso. “O mais importante é não perder o foco: o seu filho depende de você e se você souber lidar bem com isso, ele ficará mais seguro”, acredita Flavia.
Tome cuidado para não criar a expectativa de que o namorado seja um pai em potencial. Ele pode até acabar sendo, mas isso acontecerá naturalmente, se acontecer.
Mergulhar em um relacionamento novo é uma ótima chance de os filhos verem a mãe deles feliz com alguém bacana. Mesmo que a relação entre os pais não tenha dado certo, tanto a mãe quanto o pai podem servir de exemplo para os relacionamentos dos filhos no futuro.

Veja a coluna da Flávia Werlang, mãe de Luna, autora do blog Grávida, Estado Civil mãe (solteira)

Quando o namorado vira pai da criança

“Sou mãe solteira há 4 anos. Na verdade, fui casada com o pai da minha filha, mas me separei ainda grávida e, desde então, ele só viu a Letícia na maternidade. Há dois anos,  reencontrei um ex-namorado e engatamos num relacionamento sério, com planos para o futuro. A Letícia estava numa fase em que já entendia o que era ter pai, por causa das amiguinhas. O meu namorado, na época, abraçou a causa e, durante o período em que vivemos juntos, ele foi realmente o pai dela, com direito a ser chamado de “papai”. Lembro que uma vez, quando a babá da Letícia ficou doente e eu não pude buscá-la na escola, ele foi no meu lugar e ela quis que ele desse banho, jantar… E ele fez tudo que ela pediu. Foi uma convivência muito saudável. Hoje, não estamos mais juntos, mas ela tem um carinho enorme por ele. Sempre lembra de alguma passagem que tiveram juntos. Eles não têm mais contato, mas não tenho dúvidas que ele será sempre muito querido por ela. Voltei a ser pai e mãe da Letícia, não é fácil, tento suprir ao máximo a falta da figura do pai, mas é muito gratificante. Nos divertimos muito juntas!”
Vivian Mesquita, mãe de Letícia, de 4 anos

Assista ao programa da Pais&Filhos TV sobre relacionamento:

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