Gravidez

Hora certa do segundo filho

Imagem Hora certa do segundo filho

Publicado em 21/08/2013, às 16h10 - Atualizado em 24/06/2015, às 15h08 por Redação Pais&Filhos


A maioria das famílias costuma planejar antes de ter o segundo bebê. Mas, algumas vezes, surpresa: Você está grávida de novo! É importante que a mulher leve em consideração alguns fatores. Na fase puerperal, após o parto, a mãe ainda carrega hormônios da gestação: do mesmo jeito que o nosso corpo sofre mudanças para receber o bebê, ele também precisa se acostumar com a nova situação. Durante esse tempo, que costumamos chamar de “quarentena”, a ginecologista Bárbara Murayama, mãe de Pedro, recomenda que se tome cuidado para não engravidar novamente, para que a recuperação seja eficaz. “Ainda há um risco maior de trombose, pressão alta e diabetes, assim como na gravidez. Pode ocorrer também a loquiação, secreção que vai desaparecer em cerca de seis semanas e é bem parecida com a menstruação, o que é comum”, explica.

Além disso, durante a gestação, o útero estica consideravelmente. Antes tem o mesmo tamanho e formato de uma pera e, depois, de uma melancia. O processo inverso também demora a se normalizar, principalmente quando o parto é feito por meio da cesárea, na qual a cicatrização interna é mais lenta. Ao engravidar nesse período, o risco de um parto prematuro é maior, e até mesmo de um aborto, pois o colo do útero está contraído. “O ideal seria pelo menos um ano de espera para a próxima gravidez, principalmente se for cesárea. Mesmo no parto normal, o desgaste também é muito grande. Esperar diminui a chance de uma ruptura uterina e a cicatrização já estará completa: tudo pronto para esticar novamente”, explica a ginecologista. A exceção é para mulheres que já tenham mais de 38 anos, pois elas podem ter outras complicações se esperarem por mais tempo: o ideal é conversar com o ginecologista e verificar caso a caso.

Por isso, após o período de quarenta dias, é importante voltar ao seu médico para que ele dê uma orientação de aleitamento adequada, verifique se a cicatrização está se completando e seja feito um planejamento médico para não engravidar por enquanto. Muitas mães costumam ficar mais tranquilas no período de amamentação, devido ao hormônio prolactina, que pode bloquear a ovulação. Mas não se engane: pode acontecer. É melhor complementar com o anticoncepcional. Seu médico vai indicar um de baixa dosagem, mais adequado a essa fase. 

Além disso, cada gravidez é uma gravidez. Na primeira, é possível que você esteja no peso ideal – IMC equilibrado – e isso não ocorra na segunda. Principalmente se forem próximas, pois a mulher perde peso por causa da amamentação e também nutrientes para o leite. De acordo com A Bíblia da Gravidez – A Segunda Gravidez, dados de 2008 comprovam que 33% dos partos são de mulheres tendo um segundo filho.

Gravidez cura?

Algumas mulheres que têm doenças relacionadas com a menstruação e fazem tratamentos para bloquear o sangramento podem ser beneficiadas quando ficam grávidas: é porque nessa fase ocorre um bloqueio natural do fluxo. A endometriose, que é caracterizada por fortes cólicas e sangramento irregular, pode ser amenizada com a gestação, sim. Além disso, a endometriose pode causar infertilidade, assim como o ovário policístico: com a gestação, esse problema estaria resolvido. Porém, isso não significa que uma gravidez logo em seguida de outra seja benéfica.

Questões emocionais

Além dos aspectos físicos e falta de nutrientes necessários para conceber o bebê em uma segunda gestação num intervalo curto, a mãe pode não ter tempo de se recuperar do estresse. Muitas mulheres sonham com um planejamento e em vivenciá-lo por inteiro, o que não ocorre se não curtir as primeiras fases da criança. “Durante os primeiros três anos, há um desgaste muito grande por parte da mãe, já que o filho exige muito e é mais apegado a ela”, explica o psicólogo Mauricio Mantovanelli, filho de Antonio e Duzolina.

Segundo o psicólogo, a partir dessa idade, a criança está na fase da escolinha, em contato com colegas da sua idade e também com o professor. Por isso, já está mais madura e com mais autonomia para explicar aos pais o que sente e tomar certas decisões. “A mãe precisará se dedicar a outra criança que está por vir e a sobrecarga será ainda maior”, conta.

Além disso, a estrutura emocional da mulher tem de estar equilibrada para que o cansaço físico não afete o seu psicológico. Em alguns casos extremos, quando já tem uma predisposição, é maior a probabilidade de uma depressão pós-parto, principalmente se já tiver acontecido na primeira gestação.

Afinal, qual é o momento certo?

O psicólogo Mauricio Mantovanelli recomenda que o casal esteja equilibrado para ter outro bebê, já que “está tudo pronto para ter um filho quando o amor está transbordando”. Uma criança significa que os pais passarão mais tempo se dedicando aos filhos, principalmente porque o mais velho sentirá um impacto no nascimento do irmão. “O importante é que a criança aprenda a dividir o espaço e que continue rodeada de afeto”, explica. Mas depende de você: a mãe sabe quando está pronta para aumentar a sua família.

Consultoria

Bárbara Muyama, mãe de Pedro, é ginecologista, obstetra e especialista em histeroscopia pela Unifesp, membro da FEBRASGO e diretora clínica da Gergin; Relata suas experiências como médica e mãe no blog “Quando a obstetra engravida”; Mauricio Mantovanelli, filho de Antonio e Duzolina, é psicólogo da Clínica de Psicologia Alinça, de Toledo (PR), (45) 3278-1835. 


Palavras-chave
Saúde

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