Família

Não na frente das crianças

Imagem Não na frente das crianças

Publicado em 19/11/2013, às 20h11 - Atualizado em 22/06/2015, às 11h23 por Redação Pais&Filhos


Qual a mãe que nunca reclamou de ficar sempre com o lado difícil da educação enquanto o pai é o bonzinho da casa, porque liberou o que as crianças tanto queriam? Ou então o pai que nunca disse que a mãe deveria ser mais dura e não abrir mão tão fácil dos limites impostos para os filhos? Isso é normal, desde que vocês discordem nos bastidores, conversem, se entendam e, na frente das crianças mantenham o que foi combinado como posição do casal. Simples. Só que não.

Você e o pai (ou você e a mãe, calma, pais, estamos do lado dos dois) não são uma pessoa só tiveram origem e formações diferentes. Antes de ter filhos, talvez isso se resolvesse de maneira mais tranquila. Tão tranquila que você pode se surpreender quando questões como dar ou não chupeta, deixar chorar ou pegar no colo viram a Terceira Guerra Mundial.

Fizemos uma enquete na nossa FanPage no Facebook sobre o assunto. O diálogo foi apontado como a solução mais importante por 53,3%. E 16,6% concordam que discutir na frente dos filhos não é uma boa ideia. A interferência de terceiros foi apontada como prejudicial por 5% e 3,3% afirmaram que buscar ajuda de profissionais pode contribuir.

Veja os comentários da enquete aqui.

Dividir para dominar

“Ter opiniões diferentes é normal e, até certo ponto, saudável. O importante é chegar a um acordo porque a criança é esperta e logo percebe para qual lado deve ir quando quer algo”, comentou a leitora Betania Araújo. Já Luciane Gauer cita pontos fundamentais para esses momentos: “Muita conversa, respeito e paciência!”. A nossa colunista Nanna Pretto também participou e disse, que, na casa dela, existe um pacto de nunca divergir na frente dos filhos. “Se chamo a atenção sobre um determinado comportamento, por mais que o pai não concorde, ele conversa comigo depois e vice-versa”, contou.

Conversar sempre

Para os especialistas, elas estão no caminho certo. Nossa colunista Betty Monteiro, psicóloga, escritora e mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco, recomenda que os pais sentem e conversar sobre a educação que desejam dar para os filhos constantemente, não apenas nos momentos críticos de tomadas de decisão.Pais firmes e coerentes criam crianças que respeitam as regras e limites sem esforço. É importante que os filhos saibam o motivo das regras da família. “Nada deve ser resolvido sem os pais terem dialogado, e os filhos devem saber que funciona assim”, disse Betty.

Educação com coerência não causa trauma

Mas toda essa conversa não vai adiantar se os pais não estiverem alinhados.É difícil haver coerência na educação dos filhos se um casal não tem pelo menos alguns princípios, crenças e valores morais em comum. Além disso, ter bom-senso na hora do sim ou não é básico.

Ao discutir na frente das crianças, vocês mostram ao filho que não estão unidos e dão a eles um poder que não deveriam ter. A imagem de quem ‘perdeu’ a discussão fica mais frágil na visão do filho e ele vai descobrir que sabe manipular os pais para burlar certos limites. Mas, com isso, os filhos se sentem inseguros, pois esperam dos pais coerência e respeito um pelo outro.

Brigas podem até acabar em divórcio, mas, mesmo nesse caso extremo, atacar a imagem do pai ou da mãe, além de ser muito ruim para a criança, pode configurar alienação parental, o que é contra a lei. “Contradizer o outro na frente do filho pode ser uma forma de alienação parental. É levar o filho a não respeitar a autoridade e a figura paterna ou materna”, diz Betty.

Competir não é importante

Ao insistir em brigar e em desautorizar o parceiro na frente das crianças, seus filhos podem passar a enxergar a relação familiar como uma competição. Quem se divide, acaba sendo dominado: fica mais difícil impor limites, e, consequentemente, as crianças vão ter dificuldades para lidar com frustrações e de se relacionar bem na sociedade. É bom ter em mente que família que educa unida, permanece unida.

Consultoria: Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco, psicóloga, pedagoga e autora dos livros A Culpa é da Mãe, Criando Filhos em Tempos Difíceis e Cadê o Pai Dessa Criança?.



Palavras-chave
Comportamento

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