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Feiras livres em São Paulo completam 1 século esse ano

Imagem Feiras livres em São Paulo completam 1 século esse ano

Publicado em 03/12/2014, às 17h34 por Redação Pais&Filhos


As frutas e verduras frescas expostas nas barracas itinerantes ludibriam  e dividem as opiniões das pessoas que caminham pela rua munidas de carrinhos, sacolas e mochilões. Tudo isso em meio a uma mistura sonora de trocadilhos irreverentes e frases de efeito, que têm como objetivo chamar atenção do público. Esses elementos juntos caracterizam as feiras livres. Em São Paulo, essa prática de venda de produtos em locais públicos está comemorando seu centenário em 2014. E seu benefício vai bem mais além do “pague 2 e leve 3”.

Atualmente a cidade de São Paulo conta com 880 feiras espalhadas pelas 32 subprefeituras. Onde atuam cerca de 12.073 feirantes, distribuídos em mais de 16.300 barracas. A prática, no entanto, foi crescendo ao longo dos anos. Quando foi oficializada em 1914 pelo prefeito da época, Washington Luis, o comércio mambembe contava apenas com 26 pessoas trabalhando no Largo General Osório.

Se a lógica no supermercado é escolher os alimentos com pressa para chegar rápido ao caixa, na feira esse realidade é diferente. “Aqui os consumidores costumam olhar os alimentos com calma, alguns até vêm aqui para conversar. Toda barraca de feira tem um pouco de divã. Em uma cidade como São Paulo, onde as pessoas cada vez mais perdem a capacidade de se relacionar, esse tipo de contato é muito valioso”, explica o membro da Feira Orgânica do Largo da Batata, Ivan Messiano.

Para o consumidor e ativista cultural do Movimento Batata Precisa de Você, Léo Bianchini, a feira é um encontro cultural onde existe uma mistura social saudável. “Frequentei mercados durante 10 anos, lá nunca conheci o dono, aqui é possível fazer amizade com o dono da barraca”, explica.

Além da experiência social, a diferença de preços também acontece quando se vai à feira. Ivan explica que na feira, principalmente a de orgânicos, os alimentos costumam custar mais caro.  “A diferença é que aqui os alimentos não contêm agrotóxicos como os que são comercializados pelas indústrias de alimentos. O Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos nos alimentos no mundo”.

A nutricionista Fernanda Frari Zanetti explica que mesmo os alimentos na feira podem conter agrotóxico, somente os alimentos em feiras orgânicas estão livres desses itens. “O ideal seria que as famílias consumissem alimentos orgânicos, pois esses alimentos possuem valor nutricional maior, duram mais e não possuem componentes nocivos”, alerta.

Como escolher alimentos

Alimentos orgânicos custam mais caro e não é todo mundo que pode pagar essa conta. Fernanda ressalta que o consumo de frutas e legumes não-orgânicos pode ser feito de forma tranquila, basta escolher corretamente os alimentos.

Primeiro, é importante prestar atenção e consumir alimentos da época. Na tabela a seguir feita pelo Instituto Akatu, é possível saber a época exata das principais frutas que consumimos.

Além disso, o aspecto visual dos alimentos também precisa ser considerado. Se a fruta ou verdura estiver abatida ou escurecida precisa ser evitada. Veja a seguir algumas características que podem ser observadas no momento da escolha:

Abacate

O melhor é sempre comprar o mais fosco. Se estiverem brilhantes podem ter sido colhidos antes da hora

Batata

O melhor é comprar as que estão claras e evitar as de casca esverdeada

Beterraba

Além do aspecto visual, o ideal é comprar as de tamanho pequeno e médio

Brócolis

Evite as de folhas amareladas e esbranquiçadas

Cenoura

Além do aspecto visual, o ideal é comprar as de tamanho pequeno e médio. Se estiverem grandes, a parte de dentro pode estar escurecida.

Tomate

Evite os que apresentarem partes murchas e os verdes.

Levar às crianças à feira

A experiência da feira proporciona diferentes benefícios às crianças. Para a gestora ambiental e feirante Cynthia Zirrani, a cultura de feira possibilita que as crianças toquem, cheirem e sintam os alimentos. “Os pais precisam proporcionar essa vivência aos filhos, isso é um ato de cidadania. A criança vê o alimento, aprende que existem outras formas de consumo que não são industrializadas, tem a chance de andar pelo bairro. No futuro isso faz diferença”.

Fernanda incentiva ir à feira com os filhos como forma de educá-los e expandir o paladar. “Alguns dos meus pacientes não sabem reconhecer um rabanete. Na feira é possível ter esse aprendizado”, finaliza.  


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