Publicado em 06/04/2016, às 17h36 - Atualizado às 17h40 por Redação Pais&Filhos
Fim da licença-maternidade, bebê em casa, o trabalho esperando por você, os avós ou a creche já prontos para cuidar do seu filho, tudo encaminhado. Mas… E você? A culpa é um sentimento que costuma aparecer nesse momento, e não precisa ser assim. As mulheres trabalham, porém muitas delas ainda se sentem em débito com seus filhos por isso.
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Seja por necessidade ou por prazer, o trabalho não deve se tornar um peso extra nas milhares de preocupações com que a mãe já convive.
Gabriela Manssur, mãe de Camila, 16 anos, Felipe, 7 anos, e Arthur, 4 anos, é promotora de justiça, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Região da Grande São Paulo II e Diretora da Mulher da Associação Paulista do Ministério Público. Só com isso, já deu para perceber que o trabalho é bastante intenso na vida da Gabriela, né? Além disso, ela defende a corrida como um meio para o empoderamento da mulher e a recuperação da autoestima, o que também é um hobbie para Gabriela.
É claro que, com tantas atividades, ela não consegue se dedicar aos filhos em tempo integral e, no começo, não foi fácil. “Aprendi muito isso com a minha filha, a culpa que eu sentia de trabalhar fora e ir atrás dos meus sonhos, eu falava que era para dar mais coisas para ela, mas não era”, afirma a promotora.
Quando a promotora percebeu que o trabalho é uma satisfação pessoal, assim como a corrida, entendeu que não precisava se sentir culpada por isso. E ela defende um ponto importante para as mães: você não precisa ser a melhor profissional de todas, nem a atleta mais rápida ou a melhor mãe do mundo; mas você vai acordar e dar o melhor que puder naquele dia.
O trabalho é importante para que a mulher possa se empoderar. “Estar empoderada é assumir o papel de mulher sem nenhum sentimento de culpa. Para mim, ser empoderada é ter autonomia para fazer escolhas e assumir essas escolhas sem culpa. Busco empoderamento no meu esporte e também no trabalho, onde busco a minha autonomia profissional, não só financeira”, explica Gabriela.
Os filhos certamente não ficam de lado na rotina. Apesar de o trabalho ser algo extremamente importante para a satisfação pessoal e financeira da mulher, o amor pelos filhos sempre estará presente no dia a dia e eles também devem compreender os compromissos da mãe.
“Meus filhos participam da minha vida profissional, inclusive guardam dinheiro para projetos sociais. Eles curtem muito. Tive uma família em que as mulheres conquistaram seu espaço; minha avó e minha mãe fizeram isso. Tudo isso me fez aprender que os filhos gostam de ver as mães satisfeitas com o que fazem”, diz Gabriela.
Cada um no seu tempo! Não é porque a sua amiga chega em casa às 18h da tarde, e você só chega às 22h, que ela é uma mãe melhor do que você. As duas são apenas diferentes, e cada uma adapta a sua rotina da maneira como pode. Gabriela, por exemplo, acorda bem cedo em alguns dias, faz seu treino de corrida e volta para casa a tempo de tomar o café da manhã com as crianças antes de elas saírem para a escola.
Lembre-se: Culpa não! As mães trabalham e não precisam se sentir mal por isso. Já se foi o tempo em que o papel da mulher era apenas cuidar da casa, do marido e dos filhos. Hoje em dia ela faz tudo isso e muito mais. Quando tiramos a cobrança de cima de nós, a vida se torna mais leve e simples de ser levada.
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Chegou a hora de voltar ao trabalho após a licença-maternidade. E agora?
A Gabriela Manssur fará parte de um debate sobre o tema “Ser mãe fica melhor a cada dia” da mesa redonda do nosso Seminário Internacional “Mãe também é gente”, que ocorrerá dia 15 de maio no WTC (World Trade Center São Paulo), na zona sul de São Paulo. Inscreva-se aqui.
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