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Regina Casé e Maria Padilha contam suas experiências com a adoção

Regina Casé e seu filho Roque - Regina Casé e seu filho Roque
Regina Casé e seu filho Roque

Publicado em 04/09/2015, às 07h58 por Redação Pais&Filhos


Regina Casé e seu filho Roque
Regina Casé e seu filho Roque

Há três anos, Maria Padilha experimenta as dores e delícias da maternidade. Mãe de primeira viagem quando tinha 52 anos, ela enfrentou a chegada de Manuel sem tirar licença (imagine isso!). É que a atriz e o marido, o iluminador Orlando Schaider, esperavam pelo filho na fila de adoção há mais de cinco anos e ela não imaginava que ele chegaria justo quando começaram as gravações da novela da Globo “Lado a Lado” (2012), da qual ela participou.

“É como se fosse uma gravidez de muitos anos. Fiquei muito tempo sem fazer novela porque eu ficava com medo de começar a fazer e chegar um bebê. Só que quando faltavam 10 dias para estrear “Lado a Lado”, o Manuel chegou. Ele tinha cinco meses. Pedi uma criança até três anos e por acaso veio bebê”, contou a atriz.

A frustração de não poder curtir a chegada do filho desde o início foi compensada com muito grude depois que a novela acabou. Apesar disso, ela conta que isso permitiu que ela compreendesse melhor que nem sempre é possível ser mãe 24 horas, já que ela trabalha fora e tem muitos compromissos.

“Os primeiros meses dele que eram os que eu queria idealizar, dar atenção, mas não pude porque estava gravando uma novela. Então tive que lidar com essa frustração desde o começo. É como se eu tivesse tido um filho e no dia seguinte tive que ir trabalhar. Não tive licença-maternidade. Depois que acabou a novela, eu compensei”, lembra.

A primeira vez que Maria Padilha viu Manuel é lembrada com muito carinho e riqueza de detalhes pela atriz. Como toda mãe coruja, ela diz que o filho – atualmente com 3 anos – é muito habilidoso, adora esportes, faz capoeira, natação e já pega onda. “Foi amor à primeira vista meu primeiro encontro com ele. Ele estava quieto, deitado, ele tinha um brilho no olho. Tem uma coisa que me encantou muito nele. Ele tomava mamadeira e me olhava com olhar de gratidão. Achei tão lindo isso”.

Maria Padilha e Manuel, agora com três anos
Maria Padilha e Manuel, agora com três anos

Aos 60 anos, Regina Casé é mãe de Benedita, 26, filha também do artista plástico Luiz Zerbini, e Roque, de dois anos, adotado em novembro de 2013 com o atual marido, o diretor Estevão Ciavatta. A apresentadora e o marido deram entrada no pedido há oito anos, mas um acidente sofrido por Estevão adiou os planos. O desejo de adotar era um sonho antigo da apresentadora.

“Na verdade acho que era um sonho de infância. Desde pequena, eu costumava fazer teatro de fantoches e marionetes com a minha mãe, Heleida Casé, em muitos abrigos e orfanatos. Lembro que quando chegava em casa pensava: ‘Quando crescer vou adotar muitas e muitas crianças'”, conta. O primeiro encontro com Roque também foi cheio de amor logo de cara. “Cruzamos os olhares com a mesma intensidade e intimidade com que fazemos hoje”, lembra Regina Casé.

O fato de a atriz e a apresentadora serem famosas não facilitou em nada para que Maria Padilha e Regina Casé adotassem seus filhos com mais rapidez. As artistas contam que enfrentaram uma grande burocracia enquanto aguardavam a chegada dos novos membros da família, o que algumas vezes pode causar frustração em pais que estão na fila de adoção.

“Fizemos absolutamente tudo dentro do protocolo, de acordo com os prazos, dentro da lei. E, mesmo assim, foram anos de ansiedade e muitas vezes até de sofrimento. Não sei se essa é uma situação comum, mas para nós foi muito difícil o processo”, explica Regina.

Maria Padilha disse que seu processo demorou muito, mas que, aos poucos, tem notado que a situação tem melhorado. “Tem muita gente batalhando pra essa burocracia diminuir”, observa.

As chegadas dos bebês em seus lares mudaram não só as rotinas das famílias como a maneira de ver e encarar a vida. “O amor cresceu em nosso lar, os amigos se aproximaram. Meus colegas de trabalho se tornaram ainda mais próximos e a minha capacidade de amar, não só a ele como a qualquer pessoa, aumentou um milhão de vezes”, conta Regina Casé.

“Muda muito a perspectiva da vida, a gente começa a pensar mais no futuro, em envelhecer melhor. Antes dele eu pensava muito no agora”, diz Maria Padilha, que conta que percebe muitas semelhanças entre ela e o filho. “Não consigo imaginar outra criança que não seja ele. Foi o melhor filho. Acho que ele se parece comigo, toda a identificação de mãe e pai biológica ele tem comigo”, completa.

Pessoas que querem adotar preferem bebês e crianças pequenas

A socióloga, Lucianne Scheidt, coordenadora do projeto Afeto que Transforma, no grupo de apoio a adoção Recriar, explica que atualmente no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) existem 6.131 crianças e adolescentes aptos a serem adotados e que esperando um novo lar. Deste total, 8,8% tem de 0 à 5 anos e 73% possuem irmãos.

Do outro lado existem 33.921 pessoas já habilitadas e aptas a adotar uma criança ou mesmo um adolescente. Entre os pretendentes, quase 90% deles têm preferência por uma criança de até 5 anos de idade. Com estes dados observa-se que há uma proporção superior à cinco pretendentes para cada criança cadastrada no CNA.

“Este ‘desencontro’ se dá principalmente pela idade da criança ou adolescente apto à adoção. O tempo de espera de uma adoção vai depender do perfil solicitado pelos habilitados. Nós como um Grupo de Apoio a Adoção, trabalhamos esclarecendo e orientando para adoções consciente e possíveis, visto independente da idade todos querem e merecem ser amados”, explica Luciana.

Uma nova ferramenta foi instalada junto ao Cadastro Nacional da Adoção para agilizar os processos. O CNA é um cadastro que é de extrema importância para garantir as crianças e adolescentes disponíveis para adoção o direito à convivência familiar e comunitária, auxiliando assim as buscas nos processos de adoção.

“Vemos que o entrave maior acontece com a falta ou a precariedade de equipes interdisciplinares que auxiliam os juízes das Varas da Infância e Juventude nos estudos de casos, nos procedimentos de destituição do poder familiar ou mesmo na busca dos pretendentes. A falta de profissionais comprometidos com a causa também acaba retardando os processos”, conclui a socióloga.


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