Criança

O que os olhos veem, o cérebro sente

Imagem O que os olhos veem, o cérebro sente

Publicado em 11/04/2014, às 14h10 - Atualizado em 02/12/2020, às 13h16 por Redação Pais&Filhos


1. Ler e escrever é também um processo biológico. Além dos aspectos culturais envolvidos na leitura e escrita, o aprendizado dessas habilidades depende de estimular o cérebro, diz a pesquisadora em desenvolvimento humano Elvira Souza Lima, mãe de Juliana e Gabriel. “O estímulo leva o cérebro a se apropriar da linguagem ensinada, formando sempre novas conexões ao aprender”, explica.

2. Escrever é mais complexo do que ler. O cérebro ativa 17 áreas cerebrais diferentes para ler. Já para escrever, o cérebro precisa das habilidades aprendidas anteriormente na leitura.

3. Começar a ler e escrever mais cedo não significa ser mais inteligente. Colocar o lápis na mão do seu filho aos 4 de idade não vai fazer dele um pequeno gênio. De acordo com a pesquisadora, estimular a criança com atividades lúdicas e artísticas, como desenhar e tocar instrumentos, pode dar uma base mais sólida pra que ela seja melhor alfabetizada na hora certa.

4. Espelhar as letras na hora de escrever é normal. Em geral, as crianças começam a escrever por volta dos 6 anos. No começo, muitas invertem o R , o L e o S. “Depois dos 7, a criança passa a associar melhor a imagem e passará então a escrever mais corretamente”, explica a pesquisadora.

5. Os estímulos feitos na infância ficam na memória do cérebro pra sempre. “As atividades artísticas da infância dão a base para o cérebro aprender outras habilidades”, diz a pesquisadora.  Adquiridas nos primeiros anos de vida, as modificações cerebrais que essas atividades produzem estimulam a imaginação e a criatividade. Permanecem pra vida toda e fazem toda a diferença na alfabetização.

6. Música é a atividade artística mais completa. Pode ser um instrumento, palmas marcando um ritmo, um canto ou uma dança: o estímulo que vem com o aprendizado musical é mais completo do que ler e escrever. A música é campeã em ativar redes neuronais no cérebro. “Uma criança que começa antes dos 7 anos a estudar música tem maiores possibilidades de os lados esquerdo e direito do cérebro se comunicarem melhor, desenvolvendo a atividade do pensamento”, explica Elvira.

7. Música facilita o aprendizado. A música exercita a concentração e a criatividade e ainda envolve habilidades motoras e visuais. Isso sem contar a parte emocional: “Cantar sozinha ou em conjunto libera uma química positiva que gera bem-estar na criança e, por aumentar a autoestima, melhora o desenvolvimento escolar”, aponta a pesquisadora.

8. Cantar ajuda no desenvolvimento do vocabulário e no domínio da gramática. “Enquanto a criança desenvolve a noção de ritmo, desenvolve também a expansão do vocabulário e a segmentação das palavras cantadas,  aprendizados importantes para ler e escrever”, aponta a pesquisadora.

9. O foco e a atenção são exercícios, e não características da criança.
O aprendizado da leitura  é um processo biológico e cultural. “A criança precisa formar os atributos”, ressalta a pesquisadora. Por isso, os estímulos dos pais e da escola são fundamentais para criar as estruturas cerebrais responsáveis pela atenção.

10. Atividades criativas são fundamentais. Por ser uma atividade passiva, assistir desenho na TV ou no tablet não estimula o cérebro com tanta intensidade como quando a criança cria algo novo. “Apenas receber as imagens visuais e coloridas não forma novas redes cerebrais e não estimula o poder da imaginação”, explica a pesquisadora. A dica é não exagerar nem lá, nem cá: controle o tempo do seu filho no computador, tablet e celular.

11. Intercale livros com e sem imagem para o seu filho de vez em quando.
“Quando uma criança não tem o apoio das ilustrações em um livro, ocorre mais intensamente o processo de imaginação e formação mental de imagens, importante para o desenvolvimento”, explica Elvira.

12. Faça atividades em família pelo menos uma vez por dia. Que tal reservar um tempo pra ligar o som e colocar todo mundo pra dançar e cantar junto? Ou espalhar a caixa de lápis e papeis em cima da mesa e deixar a garotada se divertir? Acredite: não são coisas difíceis de fazer e os resultados valem a pena. “A repetição vai formar redes neuronais na criança, liberar neurotransmissores positivos para ela se sentir bem e ainda estimular o contato entre pais e filhos”, sugere a pesquisadora.

Consultoria: Elvira Souza Lima é mãe de Juliana e Gabriel e pesquisadora em desenvolvimento humano, com formação em neurociências, psicologia, antropologia e música.


Palavras-chave
Desenvolvimento

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