Publicado em 09/05/2016, às 09h20 - Atualizado às 10h24 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Todos dormiam bem e parecia uma noite tranquila na sua casa, até que seu filho acorda assustado no meio da madrugada. Pesadelos pode fazer com que ele acorde com o coração disparado e transpirando. Mas segundo Deborah Moss, neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil, mãe de Ariel e Alicia, ter um sonho ruim é normal tanto para crianças quanto para adultos.
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Medos mais comuns nas crianças
“Principalmente com as crianças, pode ter relação com coisas que elas viveram e ficaram impressionadas ou assustadas”, diz a neuropsicóloga. Em suma, o que a gente vive de dia é guardado no cérebro durante a noite. Os pequenos que vão muito exaustos para cama, ou que não tiraram a soneca da tarde, também podem ter pesadelo, já que agitação demais durante o dia pode ser um fator desencadeante.
De acordo com Deborah, crianças pequenas não sabem diferenciar o que foi um pesadelo do que aconteceu de verdade. Se seu filho assistiu um desenho que tem uma bruxa e vai dormir com aquilo na cabeça, ele pode ter pesadelo relacionado. No entanto, não é uma relação de causa e efeito. Não necessariamente um medo vai fazer com que um sonho ruim aconteça.
Nós temos mais sonhos bons do que ruins. Dados da Associação Brasileira do Sono apontam que 20% a 30% das crianças entre 5 e 12 anos têm um pesadelo a cada 6 meses. Embora não haja um número considerado normal, é necessário diferenciar uma ocasião pontual de uma situação recorrente.
Se os pesadelos ocorrem com muita frequência, algo pode estar errado e é preciso avaliar o que está acontecendo durante o dia. Um conflito na família, algo que esteja deixando seu filho aflito, ansioso, com medo e receio de ficar sozinho podem ser a origem do problema. Quando isso persiste, pode ser hora de procurar ajuda profissional.
Como ajudar
Um agravante do pesadelo nas crianças é que elas podem ter medo de voltar a dormir. O que você pode fazer é confortar, acolher, passar calma e explicar que foi só um sonho. Demonstre compreensão, mas não estenda o assunto de madrugada, para que seu filho não fique mais desperto. Se você ou ele quiserem conversar sobre isso, o melhor é esperar o dia seguinte.
Tente acalmá-lo para que ele volte a dormir tranquilamente. É normal que isso leve um tempo, mas a dica da especialista é não hipervalorizar o medo a ponto de chamar seu filho para ir dormir com você, porque, neste caso, você reforça, sem necessidade, a gravidade da situação. Se quiser saber mais sobre medo nas crianças, este o tema da matéria de comportamento da edição de maio da Revista Pais&Filhos, que já está nas bancas.
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