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Como controlar o tempo da criança em frente às telas? Veja dicas para ajudar você e seu filho!

É importante ficar atento ao tempo que seu filho passa na frente das telas - iStock
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Publicado em 12/05/2015, às 20h38 - Atualizado em 11/06/2020, às 13h57 por Redação Pais&Filhos


É importante ficar atento ao tempo que seu filho passa na frente das telas (Foto: iStock)

A tecnologia está aí e ter contato com ela é inevitável, mas é preciso impor limites. Para Dora Sampaio Góes, psicóloga do Instituto de Dependência da Internet do Hospital das Clínicas de São Paulo e filha de Dora e Lourenço, a brincadeira sem tecnologia é mais rica, desenvolvendo as habilidades psicomotoras e cognitivas. “A criança precisa de atividades mais lúdicas. Ela terá a vida inteira para lidar com tecnologia, não precisa ser agora”, diz.

Patrícia Marinho, também do Tempojunto e mãe de Carolina e Gabriela, acredita no equilíbrio. Não se pode deixar que ela tome conta da vida das crianças. Quando o uso da tecnologia assume o papel de companhia da criança, aí sim podemos ter problemas. “As crianças podem e devem interagir com a tecnologia, desde que orientadas e com limites. Existem conteúdos e aplicativos que são bem feitos e contribuem para o desenvolvimento das crianças. Mas a gente precisa saber escolher. O grande problema da tecnologia é o excesso e a acreditarmos com ela é a melhor forma de preencher o tempo vazio e o ócio das crianças”, considera Patrícia.

Por isso, é importante ficar atento ao tempo que seu filho passa na frente das telas. Confira a quantidade de tempo recomendada pela Academia Americana de Pediatria, de acordo com a idade:

0 a 2 anos: zero. É impossível fugir da tecnologia, mas é necessário tentar evitar ao máximo a exposição de bebês às telas. Nessa fase, eles precisam ter contato com sentimentos, toque, cuidado – contato com pessoas reais.
2 a 5 anos: uma hora por dia, com conteúdo de qualidade, apropriado para a idade e acompanhado dos pais. Aproveite para conversar com seu filho, comentando com ele o que estão assistindo.
Acima de 5 anos: os pais podem determinar a quantidade de tempo, mas deve ter um limite estabelecido. Continue monitorando o que eles assistem e bloqueie acesso à canais e sites impróprios para menores.

Encontrando o equilíbrio

Existe fórmula mágica para que os filhos fiquem menos tempo na frente das telinhas? De acordo com a Dra. Ivanice Cardoso, mãe de Helena e Beatriz,  afirma que não existe um jeito certo, mas algumas ferramentas – que por incrível que pareça vem da internet – podem ajudar. “A geração atual de crianças tem dificuldade em entender o valor do tempo. São muitos estímulos ao mesmo tempo. Parece até pecado não fazer tudo que é proposto. Nós podemos mudar esse cenário com a ajuda das tecnologias. Elas, que parecem roubar o nosso tempo, oferecem uma boa oportunidade de ensinar sobre o tempo”,explica.

Criança mexendo no celular (Foto: Reprodução / GettyImages)

“Os desenvolvedores de aplicativos e redes sociais estão dando uma forcinha pra nós. Em tablets, celulares e games, os chamados “screen time” ou “tempo de uso” permitem a configuração de tempo para os aplicativos, acesso à internet e até mesmo o desligamento do aparelho. Depois do tempo estipulado o aplicativo ou equipamento é travado. Mas como decidir o tempo ideal? A Sociedade Brasileira de Pediatria traz algumas orientações através do Manual de Orientações para crianças na internet. Porém eu sempre digo: cada família constrói as suas próprias regras com muito respeito às características de cada filho e da própria família. Eu sugiro um planejamento feito junto com as crianças. Principalmente a partir dos 6 anos, elas já podem aprender como organizar o seu próprio tempo. E aí, vai valer para tudo: tempo de banho, de estudos, de brincadeiras, de descanso e de ócio”, finaliza.

Veja seis dicas que podem te ajudar a lidar melhor com esse processo:

1. Não tenha medo de orientar

Parece que eles já nascem sabendo como usar um smartphone e outros dispositivos tecnológicos, mas não é bem assim. As crianças descobrem muitas coisas sozinhas, mas nós temos experiências de vida e maturidade, e isso ainda não dá para adquirir na internet ou fazer um download. Nossos filhos podem até saber mexer nesses gadgets, mas somos nós os responsáveis pela educação, segurança e orientação que eles precisam

2. O aprendizado também é seu

A melhor forma de orientá-los é também entender do que eles estão falando. Se você ainda não aprendeu como usar tablets e smartphones, será mais difícil ajudar o seu filho a fazer uso correto destas ferramentas. Se você quer auxiliar em pesquisas escolares, é necessário que saiba fazer buscas na internet, por exemplo. Aqui, a principal dica é estar disposto a aprender sempre e se manter ligado às novidades.

3. Mergulhe nos interesses do seu filho

Não basta orientar, é preciso participar! Mais do que utilizar os dispositivos apenas como entretenimento ou forma de acalmar a agitação, selecione atividades do interesse dele para vocês fazerem juntos. Além de ser uma maneira de acompanhar o que os filhos estão fazendo, pode ser uma forma de estar mais próximo do universo deles. Jogos e aplicativos educativos são boas opções.

4. Saiba que o ambiente virtual é tão real quanto o presencial

Nos dias de hoje, ambos são igualmente reais. “Quando os pais ensinam os filhos a atravessar a rua ou que não se deve falar com estranhos, querem protegê-lo e prepara-lo para a vida no mundo real. O mesmo deve ocorrer no virtual, onde é muito mais fácil ter contato com estranhos e conteúdos inapropriados”, explica a psicóloga. É preciso lembrar que o amigo virtual existe de verdade. Confira se seu filho está falando com outras crianças ou com adultos e qual o tipo de conteúdo que estão compartilhando.

5. Permitir o acesso é diferente de dar autonomia

A autonomia que a criança recebe não tem só a ver com a idade. Portanto, é você quem decide se seu filho está preparado para o universo virtual e avalia os riscos que o ambiente virtual oferece. “Você deixaria seu filho ir viajar sozinho, sem a supervisão de um adulto de confiança? Na internet, ele faz isso sentado no sofá de casa”, afirma Cátia. “É preciso que os pais avaliem o que sinaliza perigo e o que é seguro, de acordo com a maturidade e o senso de realidade do filho”.

6. Esteja atento à finalidade no uso da internet

Quando seu filho estiver conectado, preste atenção nos sites que ele acessa, qual é o objetivo do acesso e quanto tempo ele passa conectado. Essas ferramentas podem ser ótimas para estudos, pesquisas e interação, mas é necessário ensinar a criança a usá-la de maneira que não atrapalhe outras áreas da vida.

Consultoria: Cátia Rodrigues, PhD, Psicóloga Clínica, Pesquisadora Acadêmica na PUC/SP e mãe de Isabela.

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Tecnologia

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