Publicado em 02/09/2013, às 21h00 por Cecilia Troiano
Relato aqui o que me aconteceu num intervalo de pouco menos de 48 horas, mas que quase me levou à loucura. Aliás, ao pensar no título quase o substitui por: ”Equilibrista à beira de um ataque de nervos”.
Estava num táxi a caminho do aeroporto, 7 da manhã, para 2 dias inteiros no Rio de Janeiro, a trabalho. Na mala, itens de primeira necessidade encabeçaram a lista do que eu não deveria esquecer de levar: um iPhone o cabo para carregar. Sem isso não vivo! Posso esquecer escova de dentes que se compra facilmente em alguma farmácia próxima ao hotel, mas celular com plano de dados é algo tão básico para mim como escovar os dentes. Assim eu pensava e por isso enlouqueci.
Não me esqueci de nenhum desses itens, mas, por alguma razão, provavelmente em minha última atualização do software do iPhone, algo deu errado e, na ida para o aeroporto, meu celular não reconhecia minha senha para inicializá-lo. Como assim? Uso sempre a mesma! Fui tentando várias vezes até que veio a mensagem: “iPhone is disabled, connect to iTunes”, ou seja, desencane de seu celular porque agora só amanhã à noite, voltando para casa! Sem detalhar para vocês o caráter “técnico” do que eu precisaria fazer, até porque não tem relevância nenhuma, começou a me bater um desespero…enorme! E agora?
Como ficaria dois dias no Rio, com compromissos um atrás do outro e sem celular? Como não poderia acessar e-mails regularmente? Como não conseguiria mandar mensagens nem responder aos “SMS’s” profissionais ou pessoais? Como faria para falar com minha filha que mora nos EUA sem ter o Skype disponível? Como saberia se meu filho e marido, ambos em São Paulo, precisariam de algo? E agora?
Como equilibrista autêntica, vi todos os meus “pratinhos” caindo. Pensei, “meu Deus, como posso ser equilibrista e dar conta de tudo sem um celular que me conecta ao mundo e que me permite acessar o mundo e ser acessada a qualquer hora, de onde estiver?”. Desespero total, pânico absoluto. E agora?
O pânico era inútil, afinal, meu celular não respondia a nada e dependia do meu retorno para desbloqueá-lo. Só conseguia receber ligações. Nem meu iPad, que é wi-fi funcionaria direito pois uso meu plano 3G do celular para criar uma rede própria para a conexão do iPad (para quem conhece, uma “personal hot spot’). Sem iPhone, sem iPad, 100% desconectada. E agora?
Chegando ao hotel, à noite, consegui acessar meus e-mails, do business center. Maravilhosa sensação de integração ao mundo. Ufa! No dia seguinte teria mais um dia longo sem nenhum acesso, era bom eu aproveitar aqueles minutos de conexão. Saboreio-os infinitamente, que sensação boa. Sentia-me mais inteira, com o controle das coisas à minha volta. Ao dar um “sign out” pensei, e amanhã, será que vou aguentar mais um dia?
Escrevo isso agora, domingo à tarde, após quase 48 horas que retomei minha conexão com o mundo. Aliviada, conectada, em plena forma equilibrista. Posso dizer que tive dois dias no Rio bem diferentes, como há um bom tempo não tinha. 100% desconectada e, em parte, 100% desesperada. Ao mesmo tempo, 100% focada, como há muito tempo não conseguia, sem interrupções por telefonemas, mensagens ou e-mails.
Foi uma boa experiência, mas confesso que prefiro uma vida de equilibrista 100% conectada. O que precisamos, urgentemente, é aprender a usar melhor essa parafernália “high-tech” e buscarmos mais momentos de paz como esses que pude ter no Rio. Seguir conectada, mas não desesperada. E agora, será que dá?
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