Publicado em 13/06/2016, às 09h18 por Tatiana Schunck
Ontem fui buscar meu filho na escola e dei carona para dois amigos dele: o Matias e o Ian.
1º – Chovia.
2º – Não tinha vaga na rua para parar o carro.
3º – Colocar a cadeirinha no carro antes de pegar os meninos. Eu sabia que ainda teria que colocar uma cadeirinha a mais no banco de trás e soltar os cintos do lugar do meio (também do banco de trás) para acomodar os meninos.
A chuva apertou. Parei o carro em frente a uma vaga de garagem (onde não mora ninguém, tá?!, mas só para demonstrar a preocupação, olha o pensamento: vai que naquele dia uma tal de Joana mudou para lá com um tal de Paulo e eu estava atravancando a mudança e tal… Afe…). Esperei. Ok.
Chove chuva, chove sem parar. Hoje eu vou fazer uma prece…
A chuva cedeu um tanto. Desliguei o rádio e liguei o pisca alerta. Corri para dentro da escola e lá estavam os três, mais animados que tudo. Tão, mas tão contentes que não se cabiam de excitação. Um me puxava pela calça e dizia: Tati, eu vou para sua casa hoje? Posso dormir lá? Amanhã o Joca pode ir na minha? Minha mãe falou… O outro, em sua maioridade e mais calma: Ô Tati, eu vou com você? Eu respondo: Sim! Animadíssima, querendo ser a mãe dos amigos mais legal do universo. Ele responde: Tá.
Joaquim lidera o grupo e inicia a descida da rampa. Os dois seguem atrás obedientes. Eu mais atrás ainda observo os três corpinhos soltos, balançando em sentimento de pertencimento. São os caras! Não é possível! Eu rio por dentro, sinto uma respiração inflar mais meus pulmões porque vi que eles cresceram. Os três estão juntos desde as barrigas, as nossas: Eu, Mari e Veri. E também: Henrique, Nina e Marcelo. É como se o meu olhar ali na rampa me desse a dimensão da nossa continuação.
No carro, um sufoco para encaixar os cintos na cadeirinha desequilibrada. A chuva volta a cair gorda. Os três já dentro do carro e eu na porta. Feliz. Em benção de chuva na alegria de cuidar. Ian, tá apertando sua barriga? Ele puxando firme o ar para dentro: Não, tá bom… E rindo muito. Matias no meio, feliz com seu tamanho e sentindo sua tarefa de organizar a estrutura entre os moleques. Ele verifica comigo se os cintos estão firmes e diz: Pode ir, Tati.
Joaquim entusiasmado para contar sobre a luz do carro que fica no teto e sobre os carrinhos que ficam na porta (do lado dele), esperando ele voltar da escola. Pergunta se pode fazer pipoca, se vai ter sobremesa, se pode brincar e se tem que jantar. A mãe aqui diz que sim, podem brincar, sim terão de jantar, sim a sobremesa depois da janta e a pipoca, talvez.
Em casa, seguem para o quarto, silenciam seus ânimos e conversam num tom de amizade. Isso tem um volume inenarrável, não tem gritaria, não tem choro. É uma escutação própria ao lugar da parceria, do estar junto. Se todos os dias tivessem um tantinho dessa aventura, eu morria de alegre.
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