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Meu namorado deve interferir na educação dos meus filhos?

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Publicado em 07/03/2017, às 15h38 por Bianca Arcangeli, Mãe de Thomas


Este é um assunto que causa problemas em qualquer relacionamento. É um tema delicado, que varia muito com cada perfil de mãe, namorado e família. Aliás, é tão complicado que causa problemas até em casamentos.

As mães, por definição, normalmente são mais envolvidas na criação dos filhos e em tudo em relação a casa. Porém, o pai ou a figura masculina qualquer seja ela, tem um poder muito grande de influenciar as crianças. No meu ver, por a mãe ser, na maioria das vezes, a mais apaixonada e melosa, o pai tende a ser o mais firme. Juntos a educação se torna equilibrada.

Mas e quando não existe um pai propriamente dito e sim um namorado na sua vida? Como proceder?

Posso dizer por experiência própria que é uma evolução. Meu namorado conheceu o Thomas com seis meses e se apaixonou. Depois disso, ele quis cada vez mais se envolver na sua vida e dividir experiências com ele, como seus primeiros passos, palavras, passeios e etc…

Junto desse envolvimento veio o peso da responsabilidade e o medo de fazer algo errado. Meu namorado, no começo, tinha medo de ficar com o Thomas sozinho na sala por cinco minutos. Lembro dele falando: “Ele é tão pequeno, tão delicado e se eu fizer alguma coisa errada?”

Temos sempre que lembrar que a posição de um padrasto é sempre mais difícil. Já que ele está presente, mas não tem necessariamente o direito de se envolver e muitas vezes  não saber até onde pode ir para respeitar os limites. Não existe manual sobre o assunto. A fórmula, até onde vivenciei, é muita paciência, amor e respeito.

É mais do que normal que com a convivência venha junto, aos poucos, a preocupação com o bem estar do seu enteado e sua educação de modo geral. O natural é que o homem tenha cada vez mais o desejo de se envolver com a criança por si só.

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Hoje posso dizer que o primeiro a ver se o Thomas está comendo coisas saudáveis, se a comida dele está fresca, se ele comeu direito e dormiu o suficiente, é meu namorado. Porém, o Rodrigo (meu namorado) não lê tanto quanto eu sobre o assunto e segue seus extintos na hora de educá-lo.

Ambos não creditamos em qualquer tipo de castigo diferente de “sentar para pensar”. Porém, acontece muito de discordarmos se o Thomas merece ou não um castigo por determinada atitude. Já que eu, por ser mãe, sou bem mais flexível do que ele.

Exemplo: o Thomas vai ao Aquário de são Paulo com a gente. Esperamos que ele ame, certo? Então, não. Maior chororo, ele senta e fica em um canto, etc… O Thomas não se dá muito bem com novidades. Resumindo, o Rodrigo fica triste, porque gostaria que ele estivesse se divertindo e acha que é melhor desistirmos e irmos embora. Eu acho que podemos comprar um sorvete para deixá-lo mais feliz. Resultado: Atrito, óbvio!

Claro que existem momentos em que esse envolvimento é maravilhoso. Semana passada quase fui às lágrimas, porque o meu namorado disse que gostaria de ir na próxima reunião de Pais e Metres da escola do Thomas, para saber melhor como ocorre o aprendizado dele e o que ele vai aprender…

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Por isso resolvi escrever esse post. Tudo na vida tem uma lado mais difícil e um lado melhor. É de se esperar que o homem seja mais rígido, mesmo com as crianças, mas cabe a cada um decidir o quão envolvidos na vida dos seus filhos eles querem ser. E cabe a você, mãe, decidir quando você está disposta a deixar e o quanto.

De qualquer forma, isso é algo que acontece de forma gradual. A dica aqui é deixar que a vontade desse envolvimento venha aos poucos. Veja o meu namorado, já está na vida do Thomas há três anos e só estou chegando nessa fase agora. A melhor parte é que foi algo natural, que veio do próprio Rodrigo. Não foi algo forçado.

Para outras mamães, que também estão nessa fase, o que eu tenho sentido é que conversar sobre a educação dos seus filho com seu parceiro, é essencial. Ainda mais se você pretende que seu namorado esteja presente na vida deles por muito tempo. Não importa se ele é seu namorado, isso não quer dizer que ele tomará o lugar do pai. Porém, é mais uma figura masculina na vida do seu filho e que se você tiver sorte, será mais uma pessoa que o amará e a ajudará a cuidar e a educá-lo com carinho.

Espero que vocês tenham gostado do post. Não se esqueçam de deixar seus comentários aqui embaixo.

Beijos e até a próxima.

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