Publicado em 05/08/2014, às 21h00 por Ligia Pacheco
Visitei várias escolas na Finlândia a fim de descobrir, in loco, o que a torna referência mundial no quesito educação. No blog FILHOsofar tenho postado várias informações com ilustrações para quem tiver interesse. Mas aqui, falarei das crianças pequenas e como são educadas para que possamos refletir. Conversei com alunos de diversas idades e em todos notei muita desenvoltura, cultura, autonomia e responsabilidade. Os finlandeses sabem que o desenvolvimento é processual, e por isso começam logo com os pequenos. Não retardam.
Na unidade de crianças de 4 a 6 anos, impressionou-me a autonomia das mesmas. Observei-as trocando de roupa, pois iriam sair para brincar. Cada criança tinha um pequeno armário com vários tipos de roupas para cada atividade. Meninos e meninas despiam-se sem preconceito e sem adultos para escolher a roupa ou vestí-los. Perguntei a uma professora que observava de longe se não confundiam, perdiam ou bagunçavam as roupas. Ela respondeu que sim, mas que diariamente iam aprimorando-se. Afinal, bem sabemos que aprendemos a fazer fazendo. Havia ao lado uma caixa de “achados e perdidos” onde a criança em desenvolvimento vez ou outra procurava alguma roupa que faltava. Nenhum adulto supervisionava ou as mandava fazer. Comparei com as nossas crianças e vi o quanto as subestimamos.
Na unidade de crianças de 1 a 3 anos, fiquei ainda mais impressionada. As crianças aproveitavam o dia de sol brincando ao ar livre após um longo inverno de neve e escuridão. Poucas professoras tomavam conta das várias crianças. E tudo corria tranquilamente, sem câmeras e sem aflição. Perguntei a uma aluna de 15 anos que me acompanhava, o que as crianças menores estudavam. Ela respondeu: “Aqui as crianças pequenas não estudam. Elas só brincam. Só começamos a estudar com sete anos.” Que delícia de resposta. Fiquei a refletir por dias.
Ao adentrar neste bloco, observei que havia armários com os pertences das crianças, banheiro com vaso sanitário normal, pequenas camas, escadas com rodinhas, bem como cadeiras com duplo assento, um normal e o outro acima. Descobri que as escadas serviam para as crianças poderem alcançar as coisas mais altas. E, as cadeiras, sem cinto de segurança, para que se sentassem. “Mas elas não caem?”, perguntei assustada. A diretora respondeu-me: “Aqui levantamos as crianças. Não abaixamos os adultos.” Mais uma para refletir por dias. E ela continuou: “Nós fazemos de tudo para que as crianças façam as coisas por elas mesmas.” O que podia responder? “Bravo!”
Os finlandeses realmente educam para a independência, responsabilidade e autonomia. E começam cedo! E vi nos alunos maiores a grande diferença quando comparado aos nossos. Fiquei a refletir numa escola dessas no Brasil. Não haveria alunos de tão neuróticos que somos! Aqui adaptamos o mundo adulto à criança. Lá, as crianças se adaptam à sociedade existente. Eles sabem que a superproteção desprotege. E assim, as crianças desenvolvem-se. E não caem! Ficam aí as lições.
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