Publicado em 16/03/2017, às 12h00 - Atualizado às 12h02 por Lô Carvalho
Sempre li muito. De gibis a romances, livros fáceis e difíceis, com muitas ou poucas páginas. Desde pequena. Houve um tempo no qual a leitura em casa chegou a ser um problema. “Por que ela não sai do quarto e não para de ler um pouco?”, questionavam meus pais durante a minha adolescência. Achei que o hábito de ler seria eterno, que nunca pararia de ler. Mas quando nasceu minha primeira filha,a verdade veio a tona.
Nunca mais li do mesmo jeito… Na mala da maternidade, cheguei a colocar um livro de sociologia e uma revista sobre ciência e neurologia. Doce ilusão. Não consegui ler nada. Nem naqueles primeiros dias como mãe e tampouco nos dias, nas semanas e nos anos que se sucederam. Simplesmente parei de ler. Não sobrava tempo.
Quando tinha tempo, estava exausta. Quando tinha tempo e estava razoavelmente descansada, não conseguia mais ler como antes. Meus livros ficaram muito complicados de uma hora para outra (para não dizer desinteressantes). Precisava ler e reler muitas vezes a mesma frase para avançar na leitura. Isso quando não dormia em 1,2,3 segundos.
Mulheres e livros são uma combinação perfeita. Já mães e livros… Uma nova relação precisa ser construída com a leitura quando nos tornamos mães. A leitura exige silêncio e estar a sós consigo mesma, algo que definitivamente as mães não podem fazer assim com tanta facilidade.
No meu percurso como mãe leitora, tive que mudar de estilo, quase começar de novo. Passei vários anos entretida com livros e revistas sobre o desenvolvimento do bebê. O que foi ótimo. Mas logo quis mais. Descobri então os romances de entretenimento – algo impensável antes de ser mãe.
Mais recentemente me apaixonei pelos romances históricos e pelas biografias. E assim prossigo nos últimos 17 anos: reinventando-me enquanto leitora, enquanto mãe e como mulher. Por que assim é nossa vida: estamos sempre nos redescobrindo. Os filhos nascem e tenho que redescobrir-me na relação com meu marido… Eles crescem e viram adolescentes e sou obrigada a me afastar por que não me querem mais tão perto.
O corpo muda e minhas roupas não cabem mais… Retiro das prateleiras meus livros teóricos para colocar no lugar os livros coloridos e fofos das crianças… Se você, como eu, entrou nesta jornada como mãe e está pronta para se redescobrir e se reinventar, fica aqui a minha primeira dica de leitura da coluna: um livro só para você, sobre uma mãe e uma mulher que todos nós um dia já prestamos atenção e, por que não, amamos!
Alguém que a vida obrigou a se reinventar não uma, mas muitas vezes. Uma mulher perspicaz, empreendedora e bem brasileira. Uma roqueira de voz suave e melodias românticas. Com vocês, minha sugestão da vez:
Se eu Rita Lee – uma autobiografia
De Rita Lee
Editora Globo Livros
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